No ano em que se celebra o Bicentenário da Imigração Alemã no Brasil, Teutônia, por sua origem e legado da cultura germânica, desenvolve projetos referentes aos 200 anos da presença dos alemães na região. O assunto virou tema de aula na Emef Dom Pedro I, da Linha Clara. Na localidade do interior até hoje se percebe a nítida herança da imigração alemã, tanto na arquitetura de algumas construções, como na língua e cultura presentes na comunidade.
A partir do tema proposto nas aulas de Língua Portuguesa, os alunos foram incentivados a entrevistar seus familiares sobre seus antepassados, construindo junto com a família uma árvore genealógica. O que de início seria somente uma tarefa breve de aula, acabou mobilizando os alunos e seus familiares (também nos grupos de WhatsApp), uma vez que a curiosidade e interesse em descobrir e completar os dados da genealogia virou tarefa de família. Muitas informações e curiosidades foram apontadas nesta pesquisa: descobriram parentescos na sala de aula, conheceram nomes e sobrenomes de antepassados em comum, admiraram-se com a quantidade de filhos dos mais antigos, entre outras descobertas inusitadas.
O fato que mais chamou a atenção da professora e direção da escola é o envolvimento dos familiares na atividade: filhos conversando com pais, tios, avós e outros sobre sua própria história. Os depoimentos mostraram-se riquíssimos, com menção tanto a tragédias quanto a conquistas, tudo contado com muitos detalhes, misturando nostalgia e orgulho.
Foi proposta uma segunda atividade para os alunos: um questionário para a família. Algumas das perguntas foram: Quais os maiores obstáculos que vocês superaram juntos em família? Como a sua família tende a mostrar seu amor um pelo outro? Quais os passatempos mais comuns que sua família desfruta junto? Quais os valores que você espera ver transmitidos às futuras gerações? O compartilhamento destas respostas gerou nova discussão em aula, com a constatação de que são famílias com algumas diferenças, mas também com muitas semelhanças e valores.
Os alunos ainda leram textos sobre a imigração alemã no RS e apresentaram em forma de seminário, com cartazes e fotos. A aluna Taís Brackmann comentou: “Gostei muito de realizar essa tarefa, pois aprendi mais sobre a minha família e a família dos meus colegas. A melhor parte foi a apresentação dos trabalhos, pois vimos várias fotos antigas e descobrimos várias coisas”.
Já a estudante Thaís Wentz destacou que “foi bom relembrar fatos mais antigos, as piadas e os churrascos da minha família. Aprendi coisas sobre ela que eu não sabia e isso foi legal”. Além da interação entre as famílias, os aprendizados foram dos mais diferentes. “Aprendi muito com esse trabalho. Conheci algumas histórias dos meus familiares. Também pude saber mais como era a vida no passado”, destacou a aluna Natália Landmeier.
