Ocergs se liga às cooperativas da região prejudicadas pela catástrofe natural

O evento debateu alternativas para mitigar os imensos prejuízos causados, tanto às cooperativas como aos milhares de associados.

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Crédito: Divulgação

As cooperativas dos ramos infraestrutura e agropecuário dos Vales do Taquari e Jacuí prejudicadas pela catástrofe natural que atingiu o Estado estiveram reunidas na manhã desta quinta-feira (6/6) no auditório da sede administrativa da Certel, em Teutônia. Idealizado pela Organização das Cooperativas do Estado do Rio Grande do Sul (Ocergs), com apoio das federações das cooperativas de energia, telefonia, desenvolvimento rural e agropecuárias do Estado (Fecoergs e Fecoagro), o evento debateu alternativas para mitigar os imensos prejuízos causados, tanto às cooperativas como aos milhares de associados.

Entre as de infraestrutura, também estiveram a Certaja (Taquari), a Cerfox (Fontoura Xavier) e Celetro (Cachoeira do Sul). Já as cooperativas Languiru e Cooperagri (Teutônia), Arla (Lajeado), Dália (Encantado) e Certaja Desenvolvimento (Taquari) representaram o ramo agropecuário.

Em sua saudação, o presidente da Ocergs, Darci Pedro Hartmann, enalteceu a necessidade da união de esforços, até em razão de o Vale do Taquari ser a região mais atingida. Disse haver uma série de desafios a serem enfrentados para restabelecer o desenvolvimento econômico e social. “O objetivo aqui foi ouvir, levantar informações e ter o assunto sistematizado. Agora, os grupos técnicos vão trabalhar nos projetos para que consigamos recursos dos governos estadual e federal e até de uma frente cooperativista da Alemanha. Vamos recolher todas as informações e, provavelmente nos próximos dias, nos reuniremos com os ministros de cada setor”, afirma.

Hartmann enfatizou o impacto dessa enchente histórica e os aprendizados que são necessários. É preciso, segundo ele, uma solução definitiva, com financiamentos para as cooperativas, alongamento de prazos para os produtores e recursos a fundo perdido. “Vamos trabalhar com muita força, vontade e fé para realmente minimizar os problemas. Nunca vai se resolver tudo, porque o povo perdeu seu lugar, seu espaço, seu grau de afetividade. Temos a obrigação de auxiliar nessa reconstrução para que os associados possam voltar a viver com tranquilidade e produzindo o que tão bem sabem fazer. O cooperativismo tem essa capacidade de sempre buscar e ressurgir das cinzas. É nos momentos mais difíceis que mostramos a nossa diferença, pois somos uma sociedade de pessoas”, sublinhou.

O presidente da Certel e da Fecoergs, Erineo José Hennemann, apresentou números e fotos dos prejuízos causados. Somente a Certel teve duas torres, mais de 1.100 postes e 115 transformadores levados pelas águas, além de outros equipamentos, como reguladores e religadores. Na geração, foram danificadas as hidrelétricas Salto Forqueta, Rastro de Auto e Boa Vista. As Lojas Certel tiveram perdas de estoque e danos ao imobilizado. Também foram prejudicadas a Certaja (Taquari), Cerfox (Fontoura Xavier), Celetro (Cachoeira do Sul), Creluz (Pinhal), Coprel (Ibirubá), Ceriluz (Ijuí), Coopersul (Bagé), Coopernorte (Viamão) e Cervale (Santa Maria). “Este movimento, juntamente com o ramo agropecuário, as federações e a Ocergs, é salutar para que consigamos trazer de volta ao Estado a força do cooperativismo, um modelo de negócio diferenciado, dado seu humanismo, ética e responsabilidade. Com toda certeza, iremos nos reerguer e, com o apoio de variadas esferas, recuperar o patamar de desenvolvimento e de qualidade de vida das nossas comunidades”, ressaltou.

Os presidentes e diretores das demais cooperativas também relacionaram os prejuízos em decorrência da catástrofe e sinalizaram apoio ao movimento.

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