Pesquisa realizada entre o Sebrae e governo estadual e com apoio da Câmara da Indústria, Comércio e Serviços do Vale do Taquari (CIC VT) identificou que 1.452 empresas de todos os portes foram afetadas. O levantamento abrange desde produtores rurais até micro e grandes empresas. Quase 30% dos empreendimentos ainda não retomaram suas operações. Grande parte estima que levará até seis meses para voltar à normalidade. O ponto mais crítico para as empresas é o acesso a linhas de crédito.
De acordo com os resultados, os prejuízos estimados ultrapassam R$306 milhões. Segundo a gerente regional do Sebrae, Liane Klein, os dados refletem as necessidades imediatas dos empreendedores da região. “Para o Sebrae, essa pesquisa é extremamente importante, pois nos proporciona dados concretos da região e nos permite saber as principais demandas das empresas.
Desta forma, o mutirão nos municípios permite que quem esteja sem acesso a internet possa responder, além de proporcionar um contato próximo com os empreendedores afetados. Com esse esforço, conseguimos um aumento significativo na participação das empresas, fornecendo subsídios valiosos para apresentar dados às entidades públicas e privadas, visando articular recursos para apoiar os empreendimentos impactados.”
O presidente da CIC VT, Ângelo Fontana, destacou a importância dessa continuidade na coleta de dados que acontece desde as cheias de 2023. “Após um mês de pesquisa, através do censo que o Sebrae, FIERGS, Federasul, ACIS, CIC VT lançaram para diagnosticarmos o tamanho do dano causado no CNPJ do Vale do Taquari, estamos com resultados surpreendentes mostrando o volume considerável de micro, pequenas, médias e grandes empresas informando seus prejuízos. A importância desses dados ser estatística é muito grande para nós, como líderes empresariais, podermos conduzir junto aos governos estadual e federal as estimativas e os dados pertinentes à necessidade de recursos e apoio para retomarmos o Vale do Taquari e o Estado do Rio Grande do Sul após as cheias de maio de 2024.