A Corsan/Aegea iniciou mais uma etapa de perfuração de novos poços artesianos em Estrela. A iniciativa visa garantir o abastecimento de água à população e diminuir os impactos nos períodos de enchentes e de secas. Os novos poços são perfurados fora das áreas de alagamento, cedidas pelo Governo de Estrela, visando aumentar a segurança e a sustentabilidade do fornecimento de água, especialmente em períodos de chuvas intensas e enchentes, que se tornaram mais constantes nos últimos anos. Atualmente, Estrela possui 19 poços artesianos, dos quais 18 estão operacionais. Ao menos outros oito serão perfurados. Os valores investidos pela Corsan/Aegea não foram divulgados.
A ação da Corsan é mais uma em resposta às exigências e pressão do Governo Municipal frente aos desafios enfrentados pela cidade, principalmente em épocas de alagamento, quando a qualidade e a disponibilidade de água potável podem ser comprometidas, assim como em períodos de seca. Em Estrela o desafio é ainda maior pois atende a uma exigência do município justamente visando a qualidade da água: que essa seja oriunda de poços artesianos, e não de rios e arroios, entre estes o Rio Taquari.
A falta de investimentos nas últimas décadas, entre estes a perfuração de novos poços artesianos a fim de atender a demanda e a troca de tubulações, ficou mais evidente nos últimos anos com a expansão da cidade, crescimento da demanda e consequentes interrupções no abastecimento de água, principalmente nos períodos de enchente. Dos 19 poços artesianos,18 estão operacionais. Na enchente de maio, 9 desses poços ficaram alagados, destacando a necessidade de novas fontes de água em áreas seguras.
Planejamento e Execução
Durante a atual gestão, três novos poços já foram perfurados em áreas fora do alcance das enchentes: nos Bairro Boa União, Pinheiros e Auxiliadora. Esta semana, a Corsan iniciou uma força-tarefa para a perfuração de oito novos poços em áreas não alagáveis, cedidas pelo governo local, com duas equipes dedicadas a essa missão. As perfurações começaram hoje nesta quarta-feira (19/6). O primeiro na área conhecida como Belvedere, na Rua Arnaldo José Diel. Outro deve ser iniciado no Bairro Auxiliadora. “Perfurar poços não é se ter a garantia do fornecimento, nem termos uma previsão do crescimento da oferta de água. É preciso analisar o lençol de água, qualidade, vazão e tudo mais. Não se descarta que seja preciso buscar mais áreas”, explica Eduardo Paolazzi, gerente da Corsan.
Ainda assim, a expectativa é positiva. “Nosso objetivo é assegurar um abastecimento de água contínuo e de qualidade, independentemente das condições climáticas. Claro que pelos últimos acontecimentos se evidencia a questão da água nos períodos de enchente, mas não podemos esquecer daqueles momentos, e não foram poucos, onde a estiagem também prejudica o abastecimento.
Por isso a importância de termos novas fontes. Os primeiros vamos buscar nestas áreas indicadas pelo Executivo, pois nem todo local é próprio. E quanto mais longe dos leitos, ou áreas altas, mais difícil fica”, explica o gerente. Cada poço leva entre quatro ou cinco dias para ser perfurado.
Vantagens
A localização fora das áreas de alagamento assegura que os poços continuem operacionais mesmo durante enchentes. A profundidade dos poços também garante a captação de água de alta qualidade, reduzindo a necessidade de tratamento intensivo. E a utilização de poços ajuda a preservar as reservas superficiais de água e a equilibrar o uso dos recursos hídricos locais.
Além da perfuração de novos poços, a Corsan está implementando medidas para reduzir as perdas no sistema de abastecimento. Este trabalho inclui a instalação de válvulas redutoras de pressão, ventosas e a substituição de redes em pontos estratégicos, visando diminuir as intervenções por vazamentos. Ainda a construção de abrigos em poços já existentes, o que reflete em maior segurança e agilidade quando necessárias intervenções. Também trabalha na construção e centralização do novo centro operacional da Corsan na Rua Pernambuco, próximo aos Bombeiros.