OMS lança diretrizes inéditas contra o tabagismo

A proposta da OMS é auxiliar os mais de 750 milhões de usuários que querem abandonar o consumo.

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Crédito: Pixabay

A Organização Mundial da Saúde (OMS) publicou nesta terça-feira (2/7) um conjunto de ações contra o tabagismo, incluindo apoio comportamental a ser oferecido por profissionais de saúde, intervenções digitais e tratamentos farmacológicos. Esta é a primeira vez que a entidade apresenta diretrizes para o tratamento contra o tabagismo. 

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A proposta, segundo a OMS, é auxiliar os mais de 750 milhões de usuários de tabaco que querem abandonar o consumo de derivados do tabaco, incluindo os tradicionais cigarros, narguilés, produtos sem combustão, charutos, tabacos de enrolar e produtos de tabaco aquecido (HTP).

“Essas diretrizes representam um marco crucial na nossa batalha global contra esses produtos perigosos”, avaliou o diretor geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus. A estimativa da entidade é que mais de 60% dos 1,25 bilhões de usuários de tabaco em todo mundo desejam parar de fumar, mas 70% não têm acesso a serviços eficazes.

Recomendações

De acordo com a OMS, a combinação de farmacoterapia com intervenções comportamentais aumenta significativamente as taxas de sucesso no abandono do tabagismo. 

Dentre as diretrizes, a entidade recomenda o uso de vareniclina, medicamento com função de diminuir o desejo de fumar, além de aliviar crises de abstinência.

Outra recomendação é a terapia de reposição de nicotina (TRN), que pode ser feita, segundo critério clínico, utilizando goma de mascar de nicotina, pastilhas de nicotina ou adesivo transdérmico de nicotina.

As orientações incluem ainda medicamentos como bupropiona ou cloridrato de bupropiona (antidepressivo) e citisina (fármaco à base de plantas) no tratamento contra o tabagismo. 

A OMS também recomenda intervenções comportamentais, incluindo aconselhamento breve com profissionais, oferecido como rotina em ambientes de cuidados em saúde, com tempo médio de 30s a 3 minutos, além de apoio comportamental mais intensivo por meio de aconselhamento individual, em grupo ou por telefone.

As mensagens de texto são sugeridas como intervenções digitais, sendo utilizadas como “complementos ou ferramentas de autogestão”.

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