O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de junho teve alta de 0,21%, ficando 0,25% abaixo da taxa de 0,46% registrada em maio, segundo informações divulgadas nesta quarta-feira pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O maior impacto veio do setor de Alimentação e Bebidas.
Conforme o IBGE, o IPCA acumula alta de 2,48%. Já no acumulado dos últimos 12 meses a taxa é de 4,23%. Acima dos 3,93% observados nos 12 meses anteriores. Em Junho de 2023, a variação havia sido de -0,08%.
Dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados, sete tiveram alta em junho. A maior influência foi encontrada no grupo de alimentos e bebidas (0,44%), com 0,10% de contribuição.
Já a maior variação veio do grupo Saúde e cuidados pessoais, com alta de 0,54% e 0,07% de contribuição. O setor de Transportes registrou queda de 0,19% após subir 0,44% em maio. Os demais grupos ficaram entre o -0,09% de Comunicação e o 0,29% de Despesas Pessoais.
Em Alimentação e bebidas, a alimentação no domicílio desacelerou de 0,66% em maio para 0,47% em junho. Foram observadas altas nos preços da batata inglesa (14,49%), leite longa vida (7,43%), café moído (3,03%) e arroz (2,25%). No lado das quedas, destacam-se a cenoura (-9,47), a cebola (-7,49) e as frutas (-2,62%).
A alimentação fora do domicílio (0,37%) registrou variação menos intensa na comparação com o mês anterior (0,5%). Os subitens: lanche e refeição desaceleraram: de 0,78% para 0,39% e de 0,36% para 0,34%, respectivamente.
O resultado do grupo Saúde e cuidados pessoais (0,54%) foi influenciado pelos perfumes, que subiram 1,69%. A alta dos planos de saúde (0,37%) decorre do reajuste de até 6,91% autorizado pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) em 4 de junho, com vigência a partir de maio de 2024 e cujo ciclo se encerra em abril de 2025. Desse modo, no IPCA de junho foram apropriadas as frações mensais relativas aos meses de maio e junho.
No grupo Habitação (0,25%), a alta da taxa de água e esgoto (1,13%) acontece após reajustes tarifários de 9,85% em Brasília (9,19%), a partir de 1º de junho: de 6,94% em São Paulo (2,05), a partir de 10 de maio: e de 2,95 em Curitiba (1,61%), a partir de 17 de maio. No subitem gás encanado (-0,49%), o resultado do Rio de Janeiro (-1,61%) decorre da redução média de 1,75%, a partir de 1 de junho.
No grupo Transportes (-0,19%) houve queda na passagem aérea (-9,88% e -0,06%). Em relação aos combustíveis (0,54%), o óleo diesel (-0,64%) e o gás veicular (-0,61%) tiveram recuo de preços, enquanto a gasolina (0,64%) e o etanol (0,34%) registraram alta.