Restam 20% para a construção de 10 casas em Lajeado

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Crédito: Divulgação / AI Lajeado

O projeto Uma Casa Por Dia visa estruturar moradias permanentes no menor tempo possível para quem foi atingido pela grande enchente de maio. Na iniciativa, o poder público cede a área para a construção e a agência arrecada e administra os recursos necessários. As residências são construídas em locais não alagáveis.

A iniciativa é da Agência de Desenvolvimento e Inovação Local de Lajeado (Agil), Promotoria Regional Ambiental do Ministério Público, Univates, Rotary Clube Lajeado Integração, Grupo Intersetorial de Relação e Articulação Social do Vale do Taquari (Gira), Observatório de Marcas, Associação dos Juízes do RS (Ajuris), Associação do Ministério Público do RS e empresários de diferentes setores.

No momento, 10 casas estão em processo de construção no Bairro Floresta, em Lajeado. Elas ficarão num mesmo terreno, que atende as exigências para construção (água, luz e esgoto), de forma semelhante a um sobrado. Terão cerca de 52 m², com dois quartos e possibilidade de expansão. As moradias são edificadas no modelo em poliestireno expandido (EPS). Neste formato, toda a estrutura da casa é levantada em apenas um dia, em jus ao nome do projeto.

Ainda faltam 20% dos recursos das 10 casas em edificação, e a equipe segue engajada na proposta. “Seguimos nesse objetivo, buscando motivar e engajar as empresas e a população para que doem e a gente consiga levantar esses recursos. Essas casas serão feitas com recursos da comunidade”, reforça o engenheiro de produção e diretor executivo da Agil, Tiago Guerra.

Até o momento, foram arrecadados R$ 836 mil. O valor de cada casa é estimado em R$ 130 mil.

“Enquanto agência, a gente teve uma preocupação em entregar uma residência digna, na qual a família possa permanecer o tempo que quiser”, afirma Guerra. O planejamento engloba o conceito de Smart Cities (Cidades Inteligentes)

É possível doar para a iniciativa pelo pix [email protected] ou entrar em contato com os organizadores pelo Instagram @umacasapordia. Como forma de valorizar as empresas que quiserem contribuir, a equipe unirá o nome dos negócios com o do projeto.

Seleção

A seleção das famílias ocorre considerando a lista de cadastro das famílias afetadas pelas cheias ou deslizamentos, disponibilizadas pelos municípios. As famílias prioritárias são indicadas com base em critérios como destruição da casa por desastres, chefia feminina, presença de pessoas com deficiência ou doenças graves, idosos e vulnerabilidade social e pessoas de mais de 18 anos com renda comprovada. Então, o comitê gestor, formado pelo Conselho da Agil, seleciona as famílias e as convida para participar do Programa, explicando as regras e formalizando os contratos. “Nós validaremos toda essa lógica de crescimento e faremos com que essas famílias tenham um progresso socioeconômico, por isso estamos em discussão com a prefeitura para a seleção das famílias”, diz o engenheiro.

Outros municípios

O grupo ainda busca expandir o projeto para outros municípios assolados pela força das águas. Segundo Tiago, a equipe está em contato com institutos maiores do estado para viabilizar o projeto, mas ainda em processo de negociação. O objetivo é a construção de 50 casas.

Há questões específicas e pormenores que dificultam e delongam o acordo, mas a equipe está empenhada em entregar novas residências à comunidade. “Sabemos que são desafios complexos, que não têm respostas certas e que necessitam um olhar mais abrangente, mas essa dificuldade não vai nos paralisar”, ressalta.

Há a expectativa da vinda de recursos para obras em Estrela, Cruzeiro do Sul e Arroio do Meio.

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