Na quarta-feira (21/8) o ‘Tá na Mesa’, promovido pela Federação de Entidades Empresariais do Rio Grande do Sul (Federasul), contou com a presença do economista Aod Cunha. O especialista destacou as preocupações com a diminuição da população, a queda na produtividade e a evasão de talentos. Situações que agravam a crise de desenvolvimento do Rio Grande do Sul. Ele defendeu a necessidade de unidade e foco em uma agenda comum para mudar o futuro do estado.
O presidente da Federasul, Rodrigo Sousa Costa, menciona os desafios enfrentados por pequenos empresários após as enchentes, especialmente a dificuldade no acesso a recursos do governo federal. Ele enfatizou a importância desses empresários na criação de empregos e na segurança alimentar, expressando preocupação com a falta de apoio a esses empreendedores.
Um exemplo foi o caso do produtor rural Lourenço Caneppele, de Roca Sales, que teve toda a estrutura de sua propriedade destruída pelas enchentes. A propriedade, que sustentou sua família por seis gerações desde a década de 1890, foi severamente afetada, ilustrando os desafios enfrentados por muitos pequenos empreendedores no estado.
Aod Cunha enfatizou que a reconstrução do Rio Grande do Sul será um processo de longo prazo, que pode levar anos. Ele ressaltou que, embora a suspensão do pagamento da dívida estadual ofereça um alívio de R$ 12 bilhões, esse montante ainda é insuficiente para reconstruir a infraestrutura e outros setores essenciais do estado. Cunha destacou a necessidade de atender a diversas frentes para enfrentar os desafios do desenvolvimento estadual.