Por Paloma Griesang
Na terça-feira (1º/10), o Grupo Popular recebeu os cinco candidatos a prefeito de Estrela para mais um debate em uma das disputas mais quentes do Vale do Taquari. Elmar Schneider (MDB), Carine Schwingel (UB), João Braun (Progressistas), Jair Wermann (Novo) e Renato Horn “Bonitinho” (PSB) participaram.
Na oportunidade, não faltaram fortes críticas por parte dos candidatos à atual gestão, representada pelo atual prefeito e candidato Schneider, além de “alfinetadas” e acusações entre as demais candidaturas.
Muito do debate se deu em torno da atual situação econômica e do pós-enchente no município. Jair Wermann destacou que a cidade contraiu muitas dívidas com financiamentos. “Está em uma situação difícil, atrasando pagamentos de fornecedores e perdeu posições no retorno de ICMS, caindo da segunda para a quarta posição em nossa região. O que demonstra um sinal claro de decadência do nosso município”, salientou. Avaliou que há uma grave crise econômica com a saída de empresas e moradores para outras cidades. “A atual administração, sobrecarregada com cargos de confiança, falhou em implementar medidas eficazes para reverter esse cenário”, opinou. Assim, afirma ser necessária uma “mudança de rumo urgente, com uma gestão mais transparente, competente e comprometida com o desenvolvimento”, pontuou.
João Braun avaliou que a administração pública está inchada com excesso de cargos de confiança, terceirizados e contratos. Considerou ainda que há um deficit habitacional grave em função das enchentes. “Importante salientar que, nos últimos oito anos, não se construiu residências populares. Destacar a falta de investimento, porque não é como se a administração não soubesse que a enchente viria”, apontou.
Disse ainda que o município tem uma dívida de mais de R$ 27 milhões. “Um Fundoprev com um passivo cada vez maior, quatro creches foram enchente abaixo, mais uma escola, uma situação complicada nos postos de saúde e vamos ter que fazer esse enfrentamento”, projetou. Ele avaliou que será preciso botar as contas em ordem, enxugar a máquina pública e ter responsabilidade e priorizar investimento naquilo que é prioridade, as pessoas. “Saúde, educação e a construção das moradias para quem perdeu tudo nas enchentes”, finalizou.
Bonitinho considerou ser preciso “uma grande esperança” para conseguir recuperar a cidade. Ele também acredita na necessidade de reduzir a folha de pagamento do funcionalismo. “Com menos secretários, sobra dinheiro, e aí começa a pagar as contas, que estão para trás”, sugeriu. Ele considera que a situação está “para baixo”. “Quem ganhar, vai ter que se mexer e trabalhar, vai assumir um ‘pepino’”, salientou. Segundo ele, é preciso ter secretários preparados, “gente que entende e sabe o que é trabalhar”.
Carine Schwingel afirmou que o município está com um grave comprometimento fiscal e prometeu, já nos primeiros dias de governo, encaminhar os projetos para solucionar os problemas. Afirmou ser preciso recuperar a credibilidade e também a esperança das pessoas. “O município está abandonado, está triste, as pessoas estão doídas. Obras inacabadas, obras que foram prometidas e sequer foram iniciadas”, complementou. Ela declarou que seu compromisso é com as pessoas. “Fazer um governo que otimiza o recurso público, e não desperdiça. Precisamos otimizar recursos para valorizar vidas e qualificar pessoas”, pontuou.
Elmar Schneider, junto com seu vice, quer dar continuidade à gestão de Estrela. “O município passou por essas dificuldades das tragédias, das enchentes, das estiagens, do vendaval, mas nos estávamos lado a lado”, destacou. Segundo ele, durante sua gestão o orçamento do município passou de R$ 127 milhões para R$ 218 milhões.
“É a Estrela do otimismo. Comerciantes, serviços, o agricultor, a indústria de Estrela, estes estão acreditando”, considerou. Afirmou ainda que, além de aumentar o orçamento em mais de 70%, aumentou a autoestima, mesmo com as tragédias. “Acreditem em Estrela, Estrela é o centro do estado. O que é necessário é as pessoas de Estrela confiarem um pouco mais”, opinou.
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