Quatro estudantes da Universidade do Vale do Taquari – Univates estão entre os finalistas da 14ª Bienal Brasileira de Design, promovida pela Associação dos Designers Gráficos do Brasil (ADG Brasil). A competição, que é uma das mais prestigiadas do País, reconhece os melhores projetos de design gráfico em 15 categorias, incluindo tanto trabalhos acadêmicos quanto profissionais. Os estudantes da Univates foram classificados na categoria “Projetos acadêmicos”.
Este é um marco para a Universidade, que pela primeira vez tem projetos selecionados na Bienal. Rodrigo Brod, coordenador do curso de Design da Univates, destacou a importância dessa conquista, pois é uma forma de mostrar que o trabalho desenvolvido no curso de Design da Instituição tem potencial e qualidade comparável ao melhor do design brasileiro. Segundo o professor, o evento também oferece uma rara oportunidade de exposição física dos projetos selecionados, que podem ser escolhidos para integrar a mostra principal da Bienal.
A 14ª Bienal Brasileira de Design ocorrerá entre os dias 6 e 20 de dezembro, em Aracaju, Sergipe, e contará com a participação de grandes nomes do design nacional. Entre os alunos finalistas estão Tainá Luisa da Silva, Larissa Machado Carletto, Ana Laura de Paoli Costa e Marcelo Betti, cada um com projetos que refletem suas paixões e preocupações sociais.
Tainá, de Encantado, é a mente por trás do projeto “Carmine”, um jogo de tabuleiro inspirado em uma campanha de RPG que ela joga com amigos. A ideia surgiu da vontade de dar vida a uma campanha de RPG de mesa, transformando-a em um jogo de tabuleiro. No jogo, os participantes lideram clãs distintos na luta para libertar uma cidade oprimida, unindo narrativa, personagens e mecânicas de jogo de maneira harmoniosa. O projeto se destacou pelo uso criativo de character design e pela forte conexão visual com o universo do jogo.
Larissa, de Estrela, concorre com a animação “Sobre Vidas, Sentidos e Cores”, que explora o design emocional para promover a conscientização ambiental. A animação é um chamado à preservação da floresta amazônica e ao respeito ao meio ambiente, usando tecnologia e arte digital. Ela explica que sempre teve uma forte ligação com a natureza e com questões sustentáveis, criando materiais que causem impacto positivo na sociedade.
Ana Laura, de Garibaldi, levará à Bienal o livro “As Raízes de Dandá”, inspirado em sua infância e nas questões raciais enfrentadas por ela. O projeto aborda a valorização dos traços naturais, como o cabelo afro, e visa a fortalecer a autoestima de meninas negras. “Vi que era a hora de criar algo para ajudar as meninas que sentiram o que eu senti na minha infância e dar a elas um livro e uma história de afeto”, explica Ana Laura.
Marcelo, de Lajeado, foi selecionado por seu livro “Júlio e as Cores do Coração”. A obra fala sobre a jornada de autodescoberta de Júlio, um menino que, para preencher um vazio no coração, decide colorir seu próprio coração com as cores do arco-íris. O livro aborda temas como diversidade e inclusão. Para Marcelo, “ser selecionado para a Bienal é uma grande honra. Além do reconhecimento, é uma chance única de ampliar o alcance da mensagem do livro, especialmente em tempos de inclusão e respeito às diferenças”, comenta.