“Insuportável”: Moradores do Loteamento Coxilha sofrem com mau cheiro persistente

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Na semana passada, moradores do Bairro Canabarro relataram mais uma ocorrência de mau cheiro, especialmente no Loteamento Coxilha, no sentido a Fazenda Vilanova. Indignados com a falta de resolutividade, alguns solicitaram a vereadores que algo seja feito. Argumentam que o cheiro já vinha há alguns dias, mas se intensificou na terça-feira passada (12/11). A reportagem da Folha Popular foi até o local no dia seguinte e constatou que o odor permanecia.

“Das 18 até as 20 horas foi um inferno. Dentro da academia, as pessoas não conseguiam se exercitar porque o cheiro estava insuportável. Em casa, não havia condições de manter as portas abertas. Não sabemos mais para quem recorrer. Não temos vereadores, o prefeito mora dentro do bairro e não enxerga isso. Não podemos ir na casa da juíza, então o jeito é ‘levantar a lebre’ de novo para ver se alguém toma uma atitude”, enfatiza um morador.

A comunidade afirma saber a origem do cheiro e que a discussão ocorre há anos. Inclusive, já foram à Câmara de Vereadores apresentar a situação aos edis. Porém, evitam mais manifestações e pedem para não ter seus nomes divulgados devido ao medo de represálias, tendo em vista que muitos dizem já ter sido ameaçados. Da mesma forma, a reportagem do Grupo Popular recebeu represálias e ameaças enquanto buscava ouvir o ponto de vista da possível causadora do mau cheiro.

Um dos funcionários de uma loja próxima à fonte do odor confirma que o cheiro foi forte na terça-feira passada. Relatou que normalmente se intensifica “quando o tempo está para chuva”, mas que não sabe precisar se ocorre ao longo de todo o dia, pois seu turno varia.

As moradoras Daniela e Lorena confirmam que o odor ocorre pelo menos uma vez por semana, geralmente no domingo, quando o clima está chuvoso ou à noite. “Não conseguimos receber visitas, ligar o ar ou até mesmo comer”, citam. Relatam que muitas crianças do entorno já foram levadas aos postos de saúde com dor de cabeça e enjoo. “Muita gente colocou a casa à venda, mas quem vai comprar?”, indagam.

Já outro morador relata que liga para a empresa e ninguém atende. “Foi feito abaixo-assinado, o prefeito garantiu que pararia, parou por um tempo, mas voltou de novo. Não como antes, mas retornou. Tem vezes que dura meia hora, outras menos. É mais no fim da tarde e no fim de semana”, reforça.

Todos os moradores relatam cheiro azedo, de rato ou ovo podre e que a intensidade varia conforme a direção do vento e a localidade das casas. A Vigilância Sanitária do município afirmou não ter recebido denúncias sobre o caso de mau cheiro nesta ocasião.

Eles dizem já ter denunciado os casos junto ao site da Fundação Estadual de Proteção Ambiental (Fepam), mas ainda não obtiveram resposta. “Não vamos mais atrás porque não dá resultado”, apontam.

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