Enchentes aceleram plano de expansão do Ceat para o Bairro Alto do Parque em Lajeado

Restruturação do modelo de gestão possibilita mudanças ágeis e decisões mais precisas

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A diretoria torce para iniciar obras ainda em 2025; estrutura no Centro se mantém / Credito; Camille Lenz da Silva

A diretoria do Colégio Evangélico Alberto Torres (Ceat) promoveu encontro com a imprensa regional na manhã dessa segunda-feira (9/12). O diretor-geral, Rodrigo Ulrich, detalhou as perspectivas do educandário para os próximos anos, como a conclusão dos estudos para a construção de dois novos prédios no Bairro Alto do Parque, em Lajeado, até o início de 2025.

O colégio comprou o terreno de 7 hectares na década de 1960, com o objetivo inicial de construir uma nova unidade escolar. O projeto foi adiado diversas vezes, mas as recentes enchentes que afetaram o educandário tornaram a alternativa mais viável em comparação à reforma do antigo prédio no centro da cidade.

O plano de ocupação prevê uma escola completa a longo prazo, que permitiria duplicar o número atual de alunos, que é de 1.600 – 1.300 em Lajeado e 300 na unidade de Roca Sales. No entanto, a prioridade inicial é a construção de dois prédios que abrigarão os Anos Iniciais, a Educação Infantil e atividades esportivas. A expectativa é que a obra inicie em 2025.

Entre outros prédios, a nova unidade deve abrigar o teatro da instituição. Mais de 90% da estrutura construída há 7 anos no Centro foi destruída pelas águas em maio, em um prejuízo superior a R$ 5 milhões. É quase certa a decisão de não reformá-lo.

Também ocorre a análise de investimentos em ampliação e reestruturação da unidade de Roca Sales, também atingida pelas enchentes. O colégio dará continuidade aos reparos nas duas unidades durante as férias.

Estratégias ágeis geram planejamento qualificado

A implementação de estratégias ágeis redirecionou o planejamento tradicional de ensino para uma abordagem mais focada, concentrando-se em torno de cinco grandes programas: produção de conteúdo e pesquisa, relacionamento e convivência, internacionalização, observatório de oportunidades e tecnologia. “Abrimos mão do que não faz mais sentido, dando passos mais qualificados. A restruturação da gestão envolveu mais de 40 pessoas da escola, entre alunos, professores, pais e famílias.

Um dos grandes focos é o aprendizado de idiomas (alemão e inglês). O educandário possui convênios com universidades da Alemanha e de Cambridge para exames de proficiência, programas de intercâmbio e, mais recentemente, graduação no exterior.

Na promoção de relacionamentos, estão inclusas experiências de aprendizagem cooperativa e resolução de conflitos. “Fomos a primeira escola do estado a oferecer e capacitar 100% dos seus profissionais para serem facilitadores de círculos de construção de paz”, disse Rodrigo.

Quanto à produção de conteúdo e pesquisa, os professores estão envolvidos de forma ativa na academia, facilitando pesquisas e discussões sociais mais amplas que acrescentam à formação dos alunos.

Nas oportunidades, o Ceat reforça seu papel comunitário com a oferta do curso técnico em Enfermagem e do Núcleo de Aprendizagem de Idioma (NAI). Este oferta o aprendizado em língua alemã para escolas conveniadas, especialmente via prefeituras. “É uma entrega fantástica. Ano que vem teremos os primeiros oito alunos se integrando ao nível B1. Todos poderão incluir no currículo essa proficiência”, cita o diretor.

Já na integração de tecnologia, a escola mantém uma abordagem equilibrada, com aplicação responsável e cautelosa dos recursos disponíveis.

Assim, o Ceat garante que a abordagem educacional permaneça relevante e adaptável às necessidades dinâmicas da sociedade.

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