Amturvales pressiona Maneco Hassen sobre condições das ferrovias

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Recuperação da Ferrovia do Trigo ainda não tem data para começar / Crédito: Divulgação

O sucateamento da Ferrovia do Trigo ainda é um desafio para o Vale do Taquari. Sem condições de uso desde a enchente de maio deste ano, o Trem dos Vales, principal atrativo turístico da região, não consegue retomar as atividades. O presidente da Associação dos Municípios de Turismo da Região dos Vales (Amturvales), Charles Rossner, questionou o secretário de Apoio à Reconstrução do Rio Grande do Sul, Maneco Hassen, sobre soluções para o problema na terça-feira (17/12). 

Para Maneco, hoje, o principal problema é a concessão da Rumo Logística, que dificulta o diálogo. Hassen reconhece a importância do Trem dos Vales para o turismo e o desenvolvimento regional no Vale do Taquari e confirma que esse é um dos trechos mais afetados da malha ferroviária do estado, com danos severos na infraestrutura.

“O principal problema nesta situação é estar em uma ferrovia concedida, o que acaba dificultando a atuação do governo. Nossa intenção é dialogar, reunir as pessoas que precisam estar presentes e viabilizar a retomada do Trem”, disse Maneco.

Uma comitiva da região tem provocado o governo do Estado em busca de solução. “Estamos também pressionando para poder colaborar e encontrar uma solução, especialmente para este trecho, que é fundamental e no qual o Trem dos Vales desempenha papel essencial para o desenvolvimento do turismo na região junto ao Cristo Protetor”, enfatizou Hassen.

Jogo de empurra-empurra” 

Rossner afirma que a situação das ferrovias na região está estagnada devido à falta de ação, tanto da Rumo Logística quanto do Governo Federal. Segundo ele, o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) informou que a recuperação das ferrovias depende da autorização da Casa Civil, que, por sua vez, alega não poder intervir enquanto a concessão estiver sob a responsabilidade da empresa Rumo.

No entanto, a Rumo também não toma providências, alegando que qualquer intervenção depende de uma manifestação do Governo Federal sobre o reequilíbrio do contrato de concessão. Já a União entende que a prioridade não é esta no momento.

“Na verdade está um jogo de empurra-empurra, porque cada um joga a responsabilidade para o outro”, afirma Rossner.  A principal preocupação da Amturvales é que a ferrovia seja sucateada, o que afetaria diretamente a operação do Trem dos Vales.

“Se o Governo Federal não se manifestar quanto à reposição da ferrovia, nós queremos autorização para que possamos colocar a ferrovia em ordem e retomar com o passeio. Temos vários empreendimentos sofrendo pela diminuição do fluxo turístico, e temos um produto que já se consolidou. Essa é a nossa queixa, por que não se manifestam e não nos permitem fazer aquilo que eles não estão fazendo”, desabafa o presidente.

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