
O primeiro columbário de Teutônia toma forma no Bairro Alesgut. A casa memorial em que serão depositadas as urnas contendo as cinzas dos mortos é uma proposta inovadora na região e foi pensada devido ao crescente número de associados adeptos à cremação (30 a 35%) na Paróquia Evangélica de Confissão Luterana Teutônia Centro, da qual a Comunidade Martin Luther faz parte.
A construção do imóvel de 280 metros quadrados iniciou em novembro de 2024 na Rua Santa Rosa, nos fundos da Casa Mortuária da comunidade. O projeto é pensado desde 2018, ano em que também iniciou a “poupança” para a obra. “Fizemos um levantamento e o cemitério atual comportaria sepultamentos por mais 30 anos, aproximadamente. A conclusão foi apresentar uma alternativa o quanto antes, dando alternativa para as pessoas escolherem”, cita o pastor Márcio Frank. A questão ambiental também foi um dos grandes fatores para a decisão, tendo em vista os custos exorbitantes para a construção de um novo cemitério.
O módulo em construção comportará até 960 lóculos ou em torno de 6.000 urnas, uma vez que cabem até seis por lóculo. A comunidade terá um espaço exclusivo, assim como as comunidades conveniadas ou coirmãs. Também haverá um espaço para terceiros. O columbário é aberto a todos os interessados em comprar um espaço, independente de religião ou cidade.
“Inclusive, será possível reunir todos os restos mortais das pessoas [da mesma família e que estão em cemitérios], cremá-los e colocar suas cinzas no mesmo lugar, num espaço único para a família, em um lugar onde você vai preservar a memória e o legado daquelas pessoas e que não seja abandonado ou esquecido no futuro”, aponta Frank.
Na nova sistemática, não é preciso lápide. As câmaras serão de pedra em granito, com boa espessura e vidro temperado. Não será possível depositar flores nem velas dentro do lóculo – haverá outro espaço para isso. Cada urna tem direito a uma foto, o nome e as datas de nascimento e falecimento.
Lote promocional
Na quarta-feira (26/3), o projeto foi lançado oficialmente e em primeira mão à comunidade, e abriu-se o primeiro lote de vendas dos lóculos. Um dos idealizadores do columbário, Rudimar Landmeier, explica que a compra é perpétua e o valor é respectivo ao espaço, comprando-se de duas em duas urnas, até chegar a seis. “Vai adquirir uma vez, podendo parcelar em 10 vezes, e nunca mais pagará nada”, lembra.
A promoção garante 25% de desconto para os primeiros 20 lóculos e está aberta a toda população. Para duas pessoas, o valor promocional é de R$ 7.100; para quatro urnas, será de R$ 8.500; e, para seis pessoas, R$ 10.900.
Após, para os associados da comunidade, o valor será de R$ 9.400 para duas urnas; R$ 11 mil para quatro; e R$ 13.000 para seis. Para as conveniadas haverá um adicional de 0,75% do salário mínimo. O contato é feito diretamente com a secretaria da comunidade.
O pastor Frank enfatiza que o contrato deve ser assinado pela pessoa ou família com responsabilidade. “Você vai quer dizer quem vai colocar, então deve conversar com sua família sobre quais vão ser as seis pessoas, e elas precisam dar ciência também. Não vai ser possível comprar um espaço e vender para outros. No momento que você não ocupar ou descumprir alguma regra, o lóculo volta para a comunidade”, ressalta.
Também há regras para uso da câmara. “Parente até segundo grau colateral e ascendente ou descendente em qualquer nível. Ou seja, ‘para cima’: pai, bisavô, tataravô ou seus netos, bisnetos, trisnetos. E ‘para o lado, no máximo, irmãos e sobrinhos”, reforça.
Ambos lembram que a cremação é uma opção para a comunidade. “Hoje você continua com o sepultamento tradicional ou tem a opção de ser cremado e ter suas cinzas guardadas, e nós estamos oferecendo um espaço especial para isso”, dizem.