
No sábado (14/7), a escola estadual Reynaldo Affonso Augustin realizou Mostra Científica, proposta pela Secretaria Estadual de Educação com fins de provocar pensamentos críticos aos jovens.
O evento teve a condução de professores de cada turma. Alunos do Ensino Fundamental ao Médio abordaram temas relativos à pauta “Rumo à COP 30: Criando caminhos para a sustentabilidade”.
“A minha expectativa sempre é a melhor possível; a gente percebe que os alunos vão se empenhar ao máximo, porque existe, certamente, aquele espírito de competitividade. Então, a gente percebe que todos se desafiaram”, diz Mariane Ahlert Scherer, diretora da escola.
A aposta da escola para vencer a etapa regional da Mostra foi o projeto liderado pelo professor Eduardo Röhsig, na turma 303 de terceiro ano de Ensino Médio.
O projeto visa gerar energia para carregar uma bateria usada em um carro elétrico através de materiais alternativos que iriam para descarte.
Em uma bicicleta ergométrica modificada para produzir energia, a geração carrega a bateria e a mesma fornece energia para alimentar o sistema do carrinho elétrico, acendendo uma luz. Na apresentação da turma, os convidados foram conduzidos ao exercício de pedalar até que a luz acendesse.
Camila Yasmin de Abreu, escritora da parte teórica do “Energia Ciclante”, reitera que o projeto trouxe grandes aprendizados para ela e os envolvidos. “Criar tudo do zero e conseguirmos materiais totalmente recicláveis foi um trabalho difícil. Matheus, Jonas e Kaue ficaram dias procurando, mas não foi impossível. Sabemos que novas possibilidades sustentáveis para a geração de energia são essenciais e necessárias para o momento atual”, completa.
O professor Eduardo afirma haver muito a melhorar. “Vamos continuar aprimorando, fazendo com que carregue um celular, um futuro som de carro, transformando o movimento mecânico em cinético”, diz.
Paineis solares
Alunos da turma 302 do terceiro ano produziram um sistema de painéis solares para o fornecimento de energia elétrica para a escola. O projeto surgiu pela compreensão de que a instituição gera uma vasta quantidade de energia elétrica por mês. A maquete produzida pela turma busca ser alternativa de fonte de energia, com mais sustentabilidade e menos custos.
Os alunos Gustavo Farias, Lourdes Mallmann e Andrieli Nafitali afirmam a necessidade de lidar com o futuro no presente. “A energia solar seria de extrema relevância para a escola, tanto em economia quanto na parte ambiental”, afirma Farias. Para ele, o projeto foi desafiador, “mas importante representar nossa ideia, os detalhes e a dimensão da escola. Foi complicado reduzir, mas essencial para o projeto”, diz.

Brincar, aprender e reciclar
O projeto “Brincar, aprender e reciclar” focou em educar de forma responsável. Fabiana Machado, professora de Educação Física e coordenadora dos projetos das turmas de 6º ano, aponta que trabalhar com esse projeto foi gratificante. “Eles são muito sinceros no que fazem, fazem o que realmente querem e pensam. Às vezes, trazemos ideias, mas muitas vêm dos próprios alunos. Eles são muito espontâneos, dedicados e realmente colocaram toda a intenção deles nos trabalhos”, afirma a professora.
Os jovens criaram jogos de pebolin, xadrez, memória e damas com materiais recicláveis como papelão, além de fita, tintas e muita criatividade.
O aluno Arthus explica como foi montado seu xadrez, composto por papelão, tampinhas de garrafas e também fita durex. “A intenção é todo mundo conseguir fazer em sua casa. Foi bem legal até aqui, e a gente também usou outros materiais que podem ser não considerados recicláveis, como tintas. Pintamos tentando seguir a ideia original do xadrez, com as cores preto e branco”, aponta.

