Enquanto na agropecuária as estimativas apontam para a recuperação, mesmo que em patamares inferiores aos de 2021, último ano sem estiagem, na indústria e no comércio o cenário permanece desafiador, segundo a análise do Boletim de Conjuntura, divulgado nesta terça-feira (11/7) pelos pesquisadores do Departamento de Economia e Estatística (DEE) da Secretaria de Planejamento, Governança e Gestão do Estado.
Na indústria de transformação, segmento industrial mais representativo no Rio Grande do Sul, a tendência de queda contínua na produção, iniciada no primeiro semestre de 2022, se soma a um cenário de baixa confiança dos empresários industriais.
Para o pesquisador Martinho Lazzari, no curto prazo, porém, espera-se uma melhora na indústria a partir da retomada da produção da Refinaria Alberto Pasqualini, após sua parada técnica. “A volta da produção de derivados de petróleo significa um impulso importante na indústria gaúcha”, ressalta.
Mundo e Brasil
Ainda que a China tenha registrado desempenho acima do esperado no primeiro trimestre de 2023, os Estados Unidos e os países da Zona do Euro tiveram um ritmo menor de expansão no mesmo período.
Conforme a análise, a economia global deve permanecer em estado precário por conta dos efeitos prolongados da pandemia, do conflito na Ucrânia e das políticas para conter a alta da inflação global.
No Brasil, a inflação continua no caminho de desaceleração e as expectativas de crescimento da economia melhoraram de forma consistente após a divulgação dos resultados mais recentes do Produto Interno Bruto (PIB) e dos últimos dados mensais da atividade econômica.
Após a alta de 1,9% no PIB do primeiro trimestre em relação aos últimos três meses de 2022, a previsão, segundo o Boletim Focus do Banco Central, é de que a economia brasileira cresça 2,1% em 2023.