“A Infância não pode ser Interrompida”. Com este lema, também destacado em folhetos explicativos e um banner, alunos do 8º e 9º ano da Escola Municipal de Ensino Fundamental Odilo Afonso Thomé abordaram dezenas de cidadãos nas ruas centrais de Estrela na manhã desta quinta-feira (12/07). Dentro da proposta do projeto “Combate ao aliciamento Infantil”, os estudantes realizaram uma ação no calçadão da Rua Fernando Abott e em alguns setores da Prefeitura, onde buscaram incentivar as denúncias de abuso e exploração sexual de crianças e adolescentes e formas de frear estes crimes. A campanha tem parceria do Serviço de Assistência Especializada (SAE) de Estrela.
Na própria escola do Bairro Imigrantes, o “Combate ao aliciamento Infantil” é tema de um dos projetos anuais desenvolvidos ao longo do ano com os alunos, de todas as idades. É trabalhado constantemente em variadas iniciativas dentro e fora das salas de aula e no contato com familiares. Os estudantes dos anos finais inclusive desenvolvem de forma particular o cyberbullyng, outra mais recente forma de exploração sexual e que tem crescido conforme pesquisas e relatos. O tema também é foco central de ações na Emef Leo Joas.
O grupo de teatro da Emef Odilo Afonso Thomé realiza constantes encenações e reuniões particulares para debater o tema. E foram eles que na manhã desta quinta-feira protagonizaram a ação no Centro. No contato com os transeuntes, eles enfatizaram o preocupante crescimento das ocorrências de abuso e exploração sexual de crianças e jovens. A aluna Taila Vittcoski (15), do 9º ano, mostra o motivo do engajamento em torno do tema. “É algo que vemos crescer muito, todos os dias, de diversas formas. É preciso fazer algo. Daqui a pouco pode ser um conhecido. Nós estamos fazendo a nossa parte”, relata. “As pessoas ainda parecem pouco preocupadas com isso. É preciso que se debata mais sobre as formas de abuso e se denuncie.”
Na Prefeitura, após visita a alguns setores, entre eles a Secretaria de Educação, os alunos foram recebidos pelo secretário de Administração e Recursos Humanos, Jônatas dos Santos. “Como é bom ver jovens engajados nesta causa. Isso não tira a responsabilidade dos adultos, das lideranças políticas e sociais, que também precisam estar mais atentos a este problema, mas nos deixa alegres ver que os jovens, as principais vítimas desta violência, estão atentos”, afirma Santos.