Assassinato de Raul Wolf no Pará completa um ano e meio sem solução

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Raul Wolf estava a negócios no Pará em 2019 quando foi assassinado após tomar café da manhã

A família do empresário Raul Wolf (48), de Teutônia/RS, espera por Justiça. Ele foi assassinado no dia 10 de novembro de 2019, em Marabá, no Estado do Pará, com tiros na nuca, quando voltava ao hotel depois do café da manhã. Segundo o irmão, desde então, as investigações não apontaram solução.

“Não enxergamos Justiça”, disse por telefone o irmão Carlos Edvino Wolf nesta segunda-feira (10/5/2021), exatamente 18 meses (um ano e meio) após o crime. “É difícil conviver com isso”, acrescenta.

Carlos confirma que o irmão Raul foi para o Pará cuidar de negócios da família. O pai Rubem Wolf (em memória) era sócio de uma britadeira, e o filho estava lá para verificar algumas situações. “Ele mexeu com coisas pesadas”, abreviou.

A esperança da família é que alguém repasse informações para a Polícia Civil, mesmo como denúncia anônima. “Teve um vídeo circulando em que dá para identificar o autor. Mas, a família não teve acesso ao vídeo. Imploramos para que ajudem a polícia”, salienta o irmão.

Os filhos de Raul também procuram respostas. “Eles nos perguntam seguidamente se tem novidades, se já descobriram quem matou o pai deles. É muito triste”, desabafa Carlos. Em meio à pandemia, um dos cinco filhos do empresário Raul Wolf faleceu de Covid-19.

Carlos estranhou que houve trocas e morosidade nas investigações. “Para te dar uma ideia de como as coisas funcionam por lá [Pará], o laudo do IML saiu um ano depois do assassinato”, acrescenta.

O fato foi noticiado em dois momentos pelo portal do jornal Correio de Carajás. Primeiro, no dia do crime. Na segunda matéria, em reportagem complementar ao assassinato, os repórteres relatam o mistério em torno do crime e a dificuldade de obter respostas da polícia. Não há publicações posteriores.

Durante o ano passado, o irmão Carlos Wolf chegou a ficar por 60 dias no Pará, com seguranças, para tentar acompanhar as investigações e o andamento da empresa do pai, que faleceu em junho. “Fui ameaçado de morte. Fiz registro na Polícia”, contou.

A ameaça teria ocorrido às 10h do dia 14 de outubro de 2020, no pátio de uma empresa. No dia seguinte, às 10h23, Carlos fez o Boletim de Ocorrência na DP de Rio Maria/PA. Identifica o autor da ameaça e as palavras: ‘Você está mexendo em coisa que não devia. Toma muito cuidado. Toma muito cuidado mesmo’. Uma testemunha também foi ouvida pela polícia no caso da ameaça.

Desde então, Carlos saiu do Pará e se mantém escondido. Nem para a reportagem revelou onde está. Seu contato foi por telefone não rastreado pelo identificador de nossa central telefônica.

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