Nesta quarta-feira (19/1), Lajeado deu início à vacinação contra a covid-19 em crianças entre 5 e 11 anos. Neste primeiro momento, as vacinas estão sendo feitas nos grupos prioritários, que contemplam as crianças portadoras de comorbidades, além de crianças indígenas e quilombolas com e sem comorbidades. Nesta quinta-feira (20/1), a imunização será feita das 8h às 15h, exclusivamente no Posto de Saúde do Montanha.
O primeiro a receber a dose pediátrica em Lajeado foi Ezequiel Haubman (11 anos). “Como ele tem comorbidades, meu filho está há dois anos sem ir à escola. Eu não levaria ele enquanto não estivesse vacinado. A vacina vai ajudar a proteger meu filho”, disse Isaura Rego Hauman, mãe de Ezequiel.
Atenta às notícias, Luiza de Oliveira (11 anos), aguardava ansiosa pelo dia em que seria vacinada. É o que conta a mãe de Luiza, Cláudia Fabiana da Silva de Oliveira (37 anos), que levou a filha ao posto nesta manhã. “Não podemos descartar qualquer bem que venha para nós. Acho muito importante as crianças fazerem a vacina. Minha filha estava ansiosa acompanhando nas mídias a vacinação das crianças porque ela queria muito fazer. Para nós, a vacinação representa uma vitória”, contou Cláudia.
Vacinação em crianças
Neste primeiro momento, estão sendo atendidas crianças entre 5 e 11 anos portadoras de comorbidades e crianças indígenas e quilombolas com e sem comorbidades.
As crianças devem estar acompanhadas dos pais ou responsáveis. Caso outra pessoa levar a criança, que não seja o pai ou a mãe, é necessário a apresentação de um termo de responsabilidade. Esse termo está disponível aqui para download aqui e deve estar pronto para entrega no momento da vacinação.
Na medida que novas doses forem entregues ao município, a vacinação será ampliada de forma escalonada, indo das crianças com mais idade às mais novas, assim como foi na vacinação dos adultos.
Comorbidades admitidas neste momento – As comorbidades das crianças de 5 a 11 anos que serão consideradas para a vacinação neste momento são doenças neurológica, cardiovascular (cardiopatias), hematológicas, renal crônica, hepáticas, obesidade, imunodeficiência, pneumopatias, diabetes mellitus e Síndrome de Down. Veja quais são as comorbidades admitidas para a vacinação de crianças nesta etapa clicando aqui.
Documentos necessários – Os documentos necessários para a vacinação são: documentos de identificação do responsável que estiver acompanhando a criança, a carteirinha de vacinação da criança, documento de identificação da criança, bem como documentos comprobatórios da comorbidade (veja abaixo quais serão os documentos aceitos)
Índigenas e quilombolas – Crianças indígenas e quilombolas serão abordadas diretamente pelas equipes de saúde para que possam se organizar para a vacinação nesta fase.
Sobre a vacina – A vacina autorizada para uso em crianças dessa faixa etária é a Comirnaty pediátrica, produzida pelo laboratório Pfizer/Biontech. A vacina será aplicada em duas doses, com intervalo de oito semanas entre a primeira e a segunda dose. O imunizante possui o frasco com a tampa na cor laranja, diferente do frasco de tampa na cor roxa utilizada para maiores de 12 anos, facilitando a identificação pelas equipes de vacinação e também pelos responsáveis que levarão as crianças para serem vacinadas.
Após a aplicação da vacina, a criança ficará em observação por 20 minutos. Esse tempo é necessário para observar eventos adversos que possam ocorrer logo após a aplicação da vacina.
Vacinação contra a covid-19 para crianças entre 5 e 11 anos
Local: Posto de Saúde Montanha (pela entrada principal)
Endereço: Rua João Sebastiany, 1.312 – Bairro Montanha
Horário: 8h às 15h (sem fechar ao meio-dia)
Documentos necessários: documento de identificação do responsável, documento de identificação da criança e carteirinha de vacinação da criança, bem como documento comprobatório da comorbidade, que pode ser um dos três abaixo:
a) Documento padrão preenchido e assinado por um profissional da saúde que deve estar pronto para entregar no dia da vacinação. O modelo padrão de comprovante está disponível aqui
b) Receita de medicamento que comprove a comorbidade (receita prescrita há no máximo 12 meses)
c) Laudo médico atestando a comorbidade.
Um ano da vacinação em Lajeado
Há um ano, em 19/1/2021, Lajeado dava início à vacinação contra a covid-19 durante um ato simbólico no Posto de Saúde do Centro. As duas primeiras pessoas que receberam a vacina foram as enfermeiras Patrícia da Rocha (42 anos), e Eloecy de Andrade da Silva (54 anos), que atuavam na linha de frente no enfrentamento à pandemia.
Durante estes 12 meses, a vacinação foi sendo ampliada à população na medida que novas doses iam chegando. Nesta quarta-feira (19/1), exatamente um ano depois, de acordo com os dados da Secretaria Municipal da Saúde, Lajeado já tem 71.161 pessoas vacinadas com a primeira dose. Destas, 64.305 receberam também a segunda dose, 2.534 pessoas receberam dose única e outras 20.377 pessoas receberam a dose de reforço.
Já conforme os dados do Governo do Estado do Rio Grande do Sul (que contabiliza somente os números de pessoas residentes de Lajeado, desconsiderando moradores de outras cidades que se imunizaram em Lajeado e somando lajeadenses que se imunizaram em outros locais), a população adulta (maiores de 18 anos) de Lajeado está estimada em 66.507 pessoas. Destas, 65.848 pessoas já receberam uma dose, correspondendo a 99,0% da população maior de 18 anos, e outros 88,7%, que correspondem a 59.009 adultos, já completou o esquema vacinal.
Clique aqui para ver a quantidade de vacinas aplicadas em Lajeado em cada grupo prioritário, contabilizadas desde o início da imunização.
Contaminados por coronavírus devem aguardar 30 dias para completarem seu esquema vacinal
A Secretaria da Saúde (SESA) ressalta que quem se contaminar pelo coronavírus deve aguardar ao menos 30 dias para tomar a vacina contra a doença. Essa orientação vale tanto para quem deseja tomar a primeira dose, ou para quem precisa completar o esquema vacinal com a segunda dose ou a dose de reforço. Esse intervalo é contado a partir do primeiro dia de sintomas. E para quem não apresenta sintomas, o intervalo é contado partir da data do teste.