Réus da tentativa de assassinato do promotor Jair Franz em Teutônia vão a júri

Data e local para o julgamento ainda não foram definidos.

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Réus foram ouvidos em 23 de setembro e 4 de outubro de 2024. Crédito: Júlia Amaral / Arquivo

O Tribunal do Júri julgará os seis réus da tentativa de assassinato do promotor de Justiça Jair João Franz, ocorrida em 17 de outubro de 2023 em Teutônia. A decisão é da 1ª Vara Judicial da Comarca do município. A data ainda não foi marcada.

Eles respondem por tentativa de homicídio qualificada por motivo torpe, mediante emboscada, com emprego de arma de fogo de uso restrito, bem como, por organização criminosa armada. Um deles tem agravante por ser o comandante da organização criminosa.
Todos estão presos de forma preventiva. Além do chefe da facção, estão envolvidos a advogada dele, o executor, dois mandantes e três comparsas.

O Foro competente para a realização do julgamento é Teutônia, local onde ocorreu o crime. Porém, no caso específico de um Júri, há a possibilidade de o julgamento ocorrer em outra Comarca, caso ocorra pedido da defesa e este seja deferido (aprovado).

O juiz presidente deve ser João Regert, de Arroio do Meio, que está acompanhando o caso, após vários outros colegas se pronunciarem por impedidos.

O caso

A tentativa de assassinato ocorreu na noite de 17 de agosto de 2023, quando Jair João Franz chegava em casa. Ele estava dentro do carro quando o executor saiu de um matagal nas proximidades e atirou contra o veículo. O promotor, baleado na altura do abdômen, foi hospitalizado e recebeu alta no dia seguinte.

O crime, segundo o Ministério Público, teria sido motivado por vingança e desavenças. Os acusados foram ouvidos em 23 de setembro e 4 de outubro de 2024.

A advogada Daiana Silva Toledo e seu cliente, Izidoro Kovalski “Dedé” foram acusados e estão pronunciados como os mandantes do crime. Kovalski já estava preso na época do crime, tem histórico de ameaças a autoridades e teria dado a ordem do ataque de dentro da cadeia. Ele foi apontado pelo MP como um dos líderes de uma facção criminosa no Vale do Taquari.

Éder de Souza Lucas foi um dos responsáveis por monitorar o promotor. Ele chegou a ser investigado como possível autor dos disparos, porém, Elisandro da Silva foi identificado como executor. Ele já tinha sido preso em outra ocorrência, por homicídio e assalto.

Márcio Henrique Fernandes e Eduardo Felipe Duarte da Silva foram os últimos suspeitos foragidos. Segundo o MP, um deles forneceu o celular e a motocicleta utilizados no crime, e o outro auxiliou o atirador. Márcio já foi preso por tráfico de drogas e Eduardo era presidente do Levi Futebol Clube, investigado por trabalho análogo à escravidão.

Devido ao atentado, Jair Franz pediu transferência. André Prediger reassumiu a Promotoria de Justiça de Teutônia em 8 de janeiro de 2024.

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