Presos mais dois suspeitos de participar do ataque ao promotor de Teutônia

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Suspeitos foram presos pelo Gaeco/MP nesta quarta-feira em Estrela e Teutônia // Crédito: Divulgação MP

O Ministério Público do Rio Grande do Sul (MP/RS), por meio do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), prendeu nesta quarta-feira (4/10), mais dois suspeitos de tentar matar o promotor de Justiça Jair João Franz, em Teutônia/RS. Os investigados – os únicos que ainda estavam foragidos – foram localizados em seus locais de trabalho nas cidades de Teutônia e Estrela. A Draco da Polícia Civil apoiou a ação. Os nomes não foram divulgados.

O coordenador do Gaeco, promotor André Dal Molin, destaca que, logo após a decretação da prisão preventiva deles, os agentes tiveram êxito no cumprimento dos mandados judiciais. O investigado que foi preso em Estrela forneceu celular e moto para o autor dos tiros. Já o suspeito preso em Teutônia deu guarida ao atirador logo após os disparos, no dia 17 de agosto deste ano. Os presos foram encaminhados para a Delegacia de Polícia para posterior recolhimento ao sistema prisional. 

Eles e os outros quatro investigados – sendo três presos pelo Gaeco em 24 de agosto e um quarto no dia 29 do mesmo mês – foram denunciados pelo MPRS em 28 de setembro, após a conclusão do inquérito policial pelo delegado Juliano Stobbe. Além da dupla localizada nesta quarta-feira, os outros são: o executor do atentado, um chefe de facção que comandou o ataque de dentro da prisão, a advogada do apenado e um quarto envolvido que auxiliou no monitoramento da vítima. 

DENÚNCIA

Os seis foram responsabilizados pelo crime de tentativa de homicídio quatro vezes qualificado. As quatro qualificadoras são: motivo torpe (a vingança pelo trabalho realizado pelo promotor, que já havia processado alguns dos denunciados); emboscada; recurso que dificultou a defesa da vítima (em razão da surpresa pelos vários disparos); e o emprego de arma de uso restrito, uma pistola 9 milímetros. 

Os suspeitos também foram denunciados pelo crime de organização criminosa. Caso condenados, a pena de cada um deles pode variar entre 12 e 30 anos de prisão. Os seis seguem presos.

MOTIVAÇÃO

O grupo, que pretendia obter vantagem econômica com a exploração do tráfico de drogas e de armas, utilizava-se de intimidação por meio de outros delitos para obtenção de domínio territorial em Teutônia. Conforme a denúncia, o atirador, executando as ordens dos mandantes, em conluio com os demais denunciados, “pondo em prática o plano homicida, previamente ajustado, ficou à espreita da vítima Jair João Franz, Promotor de Justiça da Comarca de Teutônia, em um matagal existente em frente à residência, e, logo que identificou sua chegada, efetuou aproximadamente 15 disparos de arma de fogo em direção ao ofendido enquanto este ingressava na garagem de casa”. 

CRIME 

O crime ocorreu em 17 de agosto deste ano, e os três suspeitos foram presos no dia 24 de agosto em uma operação do MPRS, por meio do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), e da Polícia Civil. A ofensiva teve apoio da Brigada Militar e do Instituto-Geral de Perícias. O quarto suspeito foi preso em 29 de agosto. 

Na operação do Gaeco também foram cumpridos mandados de busca e apreensão nas residências dos investigados e em residências de pessoas ligadas a eles. Além disso, um pedido do MPRS – deferido pela Justiça – proporcionou a coleta de material genético dos denunciados para confronto com o material recolhido no local do crime, o que resultou positivo.

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