Prédio de quase 100 anos é demolido

O Centro Comercial Augusto Michel foi demolido na segunda-feira (15/4)

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Crédito: Divulgação/ Diego Bert Bagestan

“Boas lembranças do seu Augusto Michel”, “Esse prédio lembra muito minha infância”, “Só vão restar as boas memórias”. São frases escritas e faladas após a demolição do Centro Comercial Augusto Michel. Um prédio histórico, de quase 100 anos, foi removido na tarde de segunda-feira (15/4). Um novo prédio comercial será construído no local.

Esquina em 7 de setembro de 1943 / Crédito: Reprodução Teutônia Antiga

Em 1930, Michel instalou sua Oficina Mecânica Ford Autorizada e a sua Loja Comercial, localizadas na esquina das ruas Três de Outubro e Major Bandeira, na então Vila de Languiru. Em sua loja vendia ferragens, tintas, fogões, alumínios, material elétrico, rádios, baterias, bicicletas, material de construção, material escolar, material de pesca, máquinas de costura, agulhas e diversos materiais. Junto à oficina e loja de ferragens, instalou uma das primeiras bombas de gasolina Atlantic da região.

Augusto Michel encerrou suas atividades comerciais no ano de 1999, aos 93 anos. Ele faleceu no dia 3 de outubro de 2003, aos 97 anos. Os dados estão em sua biografia no registro público da Câmara de Vereadores de Teutônia, que em junho de 2013 homenageou Michel com o nome da praça do Bairro Languiru.

Além do ponto comercial de Augusto Michel no século passado, a Ferragens Languiru/Xox funcionou no local por décadas.

Armin Schwarz, de 63 anos, ex-proprietário da Loja Fritscher do Bairro Languiru, recorda com carinho dos momentos vividos no local em sua infância e adolescência. “Não tinha a rodovia BR-386. O ônibus vinha pelo Morro Paris e as pessoas encomendavam as coisas com ele de Porto Alegre. Quando pediam algo, ele sempre dizia que estava vindo do Morro Paris”, relembra.

Ilário Schaefer, de quase 80 anos, conta com emoção algumas lembranças do prédio. “Morava há 5km daqui. Eu me lembro desse prédio quando tinha a bomba de gasolina. Além disso, ele também tinha uma loja comercial, eu vinha de bicicleta de Boa Vista e comprava o que precisava”, falou emocionado ao presenciar o momento da demolição. Schaefer diz que o progresso é isso e é preciso aceitar.

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