Projeto que autoriza financiamento de R$ 15 milhões é baixado mais uma vez na Câmara de Teutônia

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Sessão contou com bastante público / Crédito da foto: Paloma Griesang

A expectativa para a sessão da Câmara de Vereadores de Teutônia nesta terça-feira (6/12) era que o projeto que autoriza o Município a contratar um financiamento de R$ 15 milhões fosse votado. Porém, a matéria voltou a ser baixada.

O projeto foi baixado após pedido de vistas do vereador Valdir Griebeler (PSDB) que foi aprovado pela maioria dos vereadores. O pedido de vistas teve votos contrários apenas de Diego Tenn Pass (PDT), Neide Schwarz (PDT), Márcio Vogel (MDB) e Jorge Hagemann (PDT).

Griebeler justificou que é preciso ter responsabilidade com os recursos públicos e calma para aprovar um projeto para “contrair dívidas que talvez não sejam necessárias”. Afirmou ainda que acredita que as ruas receberão a recuperação com ou sem o financiamento. E incentivou a mobilização das comunidades interessadas para pressionar o Executivo.

Os recursos do financiamento serão, primordialmente, investidos em três vias do interior: Linha Catarina, Linha Germano e Linha São Jacó. Além disso, deve atender recuperações em ruas da áreea urbana, sobretudo em ruas de acesso aos bairros Teutônia, Languiru, Canabarro e Alesgut.

Os vereadores de oposição voltaram a reforçar seus argumentos contrários ao financiamento. Hélio Brandão (PTB) defende que basta enxugar a máquina pública para ter recursos próprios para as obras. Disse que os vereadores não são contra os asfaltos, mas contra o financiamento.

Cleudori Paniz (PSD) destacou, mais uma vez, o orçamento de R$ 200 milhões para 2023. Afirmando que há recursos próprios para as obras.

Claudiomir de Souza (UB) salientou que tem ouvido muitas opiniões, e afirma que ainda não tem um posicionamento definido. Complementou que ainda não se sente seguro para votar a matéria.

Evandro Biondo (MDB), que retornou à Câmara nesta terça, disse que o projeto precisa de uma avaliação muito profunda. Quanto a posicionamentos em governos anteriores, avalia que as pessoas podem mudar de ideia de acordo com a situação. Considera que financiamentos em governos anteriores foram em momentos adequados/ Acredita que o momento agora é inadequado, principalmente porque há uma troca no governo federal. Afirma que o projeto não ser aprovado agora, não significa que não haverá outras oportunidades e que as obras não serão realizadas.

Valdir Griebeler, apesar de estar ao lado da situação, considerou que é preciso responsabilidade com o recurso público. Ponderou que é sabido que não há recursos próprios para fazer tudo, mas que é preciso manter a responsabilidade fiscal. Avalia que não ter dinheiro em caixa para fazer as obras não é motivo suficiente para contratar empréstimos. Disse à comunidade que é favor das pavimentações, mas que é preciso competência para gerir o recurso público.

Os vereadores de situação, por sua vez, defenderam a necessidade do financiamento. Neide Schwarz defendeu que as comunidades do interior tem direito a asfaltos de qualidade. Questionou porque outras administrações contrataram empréstimos e esta não pode. Avalia que é uma questão de politicagem.

Diego Tenn Pass comparou com a aprovação de um financiamento de R$ 15 milhões na gestão passada. Segundo ele, aquele foi votado em 6 dias e não havia indicação de qual seria a destinação dos recursos. Enquanto este já está há 18 dias a disposição para debates e esclarecimento, e com a divulgação das ruas contempladas. Afirmou que também não gosta de financiamentos, mas que sem este não será possível fazer todas as pavimentações necessárias.

Márcio Vogel pondera que todas as administrações fizeram financiamentos em determinadas épocas. Defendeu a necessidade do empréstimo para pavimentar vias extremamente deterioradas. Considera que esperar mais para realizar estas obras pode tornar a situação e o prejuízo ainda maior. Disse que respeita quem vota contra, mas que a pauta já está se transformando em uma briga política.

Jorge Hagemann também reforçou que administrações anteriores fizeram financiamentos que ainda estão sendo pagos. E que caso o prefeito não precisasse pagar os financiamentos anteriores, haveria dinheiro para pavimentar com recursos próprios.

Vitor Krabbe afirma que é preciso fazer um esforço para atender os agricultores destas localidades. Disse não entender os colegas que encaminharam tantas indicações pedindo melhorias e agora que podem fazer algo, são contra. Repetiu a informação do Executivo que o governo será o primeiro a pagar mais dívidas de financiamento do que contraiu.

O projeto pode retornar à pauta na próxima sessão no dia 13 de dezembro (terça-feira), a partir das 18h30, na Câmara.

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