Prefeito de Imigrante rebate críticas sobre trecho da ciclovia intermunicipal

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Trecho de 11,4 quilômetros evitará trânsito sobre a rodovia. Créditos: Luciana Brune

O prefeito de Imigrante, Germano Stevens, se manifestou nesta segunda-feira (27/2) para a reportagem do Grupo Popular sobre as críticas que vem recebendo pela construção da ciclovia intermunicipal, projeto que ligará os municípios de Estrela, Colinas e Imigrante.

A obra terá 37 quilômetros e está sendo viabilizada graças aos recursos do Programa Avançar no Turismo, com contrapartida dos municípios. Com o trecho mais avançado até o momento, o Executivo imigrantense sofreu críticas quanto ao material utilizado na obra que, de acordo com ciclistas praticantes, não seria adequado para uso. Também recebeu reclamações sobre o estacionamento, que está proibido sob a ciclofaixa.

O trecho da ciclovia de Imigrante inicia na divisa com o município de Colinas e vai até o Bairro Daltro Filho, possuindo 11,4 quilômetros. “Aos finais de semana, é grande o fluxo de ciclistas, utilizando as faixas para lazer. Mas durante a semana, predomina o uso daqueles que se deslocam ao trabalho”, comenta Stevens.

Segundo o prefeito, esse fator é o mais importante na construção da ciclovia. “Nossa principal preocupação é dar segurança aos munícipes, dentro do que é a realidade da cidade. É claro que o projeto está ligado ao turismo, mas não estamos montando uma pista de competição”, menciona.

Ele sinaliza que a pista tem dois metros de largura, mínimo exigido por lei para a circulação de até mil bicicletas/hora em uma ciclovia bidirecional. “Estamos cumprindo a lei com o projeto encaminhado junto à Secretaria Estadual do Turismo. Independente do tamanho da pista, se houver uma família passeando, o ciclista que quer treinar velocidade, terá dificuldades independente do tamanho. Então essa não é uma ciclovia para isso”, reforça.

Conforme o chefe do Executivo, 90% da construção é afastada da rodovia, e apenas um trecho é compartilhado com a ERS–129. “Estamos estudando uma passagem metálica lateral e, se der certo, em nenhum dos 11,4 quilômetros teremos ciclistas circulando pela rodovia. Na minha ótica, retiraremos da pista as duas categorias mais frágeis, que são o ciclista e o pedestre”, comenta Stevens.

Estacionamento

Quanto às reclamações devido à proibição do estacionamento em toda a extensão da ciclovia, Stevens diz que respeita todas as opiniões, mas que o projeto não foi realizado “do além”. “Contratei a universidade, que deu voz e vez para toda a comunidade discutir e opinar. Todos tiveram a oportunidade”, relata.

Ele diz que sua própria opinião inicial era a de manter o estacionamento junto à rodovia, mas que posteriormente lhe foi alertado pelo Conselho Municipal de Trânsito (Comtran) que não haveria como ofertar segurança aos ciclistas neste formato.

Stevens lembra, ainda que, do lado oposto da Avenida Dr. Ito João Snel, o estacionamento passou a ser rotativo. Serão 30 minutos gratuitos, visando aumentar o número de vagas para o comércio, que tem quase a totalidade de lojas na Avenida.

Proibição ocorre em apenas um lado da Avenida Dr. Ito João Snel. Créditos: Lucas Leandro Brune

“Precisamos que as pessoas tenham paciência, esperem as coisas acontecerem e, quando tudo estiver pronto, aí sim criticar ou elogiar. Não fui autoritário, porque talvez quem menos se envolveu fui eu como prefeito, mas demos a ampla possibilidade de opinarem e darem sugestões antes da construção da ciclovia. Tenho convicção de que essa opção será melhor para todos”, sinaliza.

Stevens relata a busca por mais estacionamentos disponíveis. “Vamos conversar com a direção das empresas, uma vez que vários servidores estacionam na via para trabalhar. Queremos encontrar outro local, beneficiando o comércio e também os funcionários”, cita.

“Temos mais de 40 estabelecimentos comerciais na avenida principal, mas nas ruas secundárias poucos empreendimentos. Se quisermos fomentar o desenvolvimento destas vias, precisamos fazer com que isso aconteça”, pontua Stevens.

Futuro

O prefeito lembrou ainda que, a partir do momento em que estiver concluído o asfalto do trecho entre Roca Sales e Colinas, Imigrante passará a ter um trânsito intenso, principalmente de veículos de carga. “Nossa avenida não está preparada para isso. Precisamos olhar para a frente, porque esse será um problema e teremos que, mais uma vez, fazer mudanças. O incentivo ao uso das vias secundárias também vem nesse sentido”, finaliza.

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