Festival Paralímpico tem recorde de participação

Teutônia foi uma das 124 cidades brasileiras a sediar, de forma simultânea, a primeira edição de 2025 do Festival Paralímpico Loterias Caixa. O evento foi realizado na manhã do sábado (14/6), na Associação Pró-Desenvolvimento de Languiru (APDL), e reuniu 234 participantes, além de 54 voluntários.

Promovida pelo Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB), a ação visa proporcionar a crianças e jovens com e sem deficiência o contato com modalidades paralímpicas, de maneira lúdica, educativa e inclusiva.

Pelo segundo ano consecutivo, a Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (Apae) Teutônia foi escolhida como núcleo local do maior evento da América Latina. O reconhecimento reforça o papel da instituição no incentivo ao esporte e na promoção da convivência entre crianças com e sem deficiência.

Cerca de 20% dos participantes deste sábado eram alunos sem deficiência, o que fortaleceu a integração e o respeito à diversidade com as disputas.

Além de estudantes dos municípios atendidos regularmente pela Apae Teutônia – como Paverama, Fazenda Vilanova, Westfália e Poço das Antas e outros -, o evento teve representantes de cidades como Taquari, Igrejinha, Feliz, Alegrete e até do Instituto Federal de Caxias. Também marcaram presença delegações das Apaes de Bom Retiro do Sul e de Lajeado e do projeto Paradesporto de Sapiranga.

A coordenadora de Esportes da Apae Teutônia, Évelin Pacheco, destaca que a manhã do sábado foi de festividade e celebração. “O momento é de festa, inclusão e muita diversão. A ideia é oferecer o esporte e modalidades paralímpicas para crianças com e sem deficiência de uma maneira lúdica, sem regras, competição ou jogos, para que eles realmente tenham contato com o esporte paralímpico e se divirtam com isso”, ressalta.

Évelin também enaltece o crescimento do evento. “Estamos muito contentes por poder ter mais uma vez esse espaço [APDL], que é acessível para todas as nossas necessidades, além de toda a participação dos alunos e voluntários. Estamos na nossa segunda edição consecutiva e percebemos cada vez mais a adesão da comunidade e das famílias”, analisa.

O cronograma seguiu o formato padronizado em nível nacional: a recepção foi às 9h, seguida de uma concentração geral, aquecimento coletivo, músicas e, depois, oficinas práticas.

Em Teutônia, as crianças participaram de três modalidades: bocha paralímpica, badminton e futebol de paralisados cerebrais (PC), todas oferecidas de forma adaptada, sem caráter competitivo.

A diretora da Apae Teutônia, Raquel Brackmann, comenta sobre a sensação de organizar o Festival Paralímpico em Teutônia. “O sentimento é de muita gratidão. Ver o sorriso das crianças e a participação ativa de tantas famílias e voluntários nos enche de orgulho. Demonstra que estamos alcançando nosso objetivo, o de trazer oportunidades para as pessoas com deficiência. Fazemos esse evento por eles e para eles. O esporte transforma e essa é a nossa maior meta”, afirma.

Superação e emoção

Entre os participantes, alguns carregam consigo histórias de superação. É o caso de Flávio César da Rocha Filho, da Apae de Bom Retiro do Sul, que participou pela segunda vez. “Nasci de 8 meses e tive complicações que afetaram minha locomoção, mas consigo fazer tudo do meu jeito. Participo da bocha e também danço na Apae. Estar aqui é uma experiência incrível”, afirma.

Presença ilustre e importante foi a do autodefensor das Apaes do Rio Grande do Sul, Gabriel Scheffer Teixeira, 24, representante estadual da Federação das Apaes do Rio Grande do Sul. Ele chegou ao evento com a delegação de Igrejinha e agradece pela lembrança. “O convite para estar aqui veio em um ótimo momento. É uma honra representar as pessoas com deficiência do nosso estado em um evento tão bonito como esse, além dos outros que participo. Muitos confiaram em mim e estou fazendo o possível para mostrar tudo o que podemos fazer”, disse Gabriel.

Futuro

Além desta edição de junho, Teutônia terá uma nova etapa do Festival Paralímpico em setembro. A continuidade do projeto fortalece o papel do município como referência regional na promoção do esporte inclusivo.