Estrelat e Sicredi Ouro Branco são premiados pela Federasul

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Cases premiados com o presidente da Federasul, Anderson Trautman Cardoso (c) / Créditos da foto: Jeferson Bernardes / Agência Premiew / Divulgação Federasul

A Federação de Entidades Empresariais do Rio Grande Sul(Federasul) entregou os troféus do 9º Prêmio Vencedores do Agronegócio na noite de quinta-feira (9/9). A cerimônia, em formato híbrido, ocorreu na sede da Fábrica do Futuro, em Porto Alegre. Dos cinco prêmios, quatro vieram para o Vale do Taquari – três para a Estrelat e um para a Sicredi Ouro Branco.

Neste ano, foi alcançado o recorde de inscritos nessas premiações, com mais de 50 cases que foram detalhadamente analisados por uma qualificadíssima comissão julgadora. Na categoria ESG (Environmental, Social and Governance) traduzida para o português é ASG: Ambiental, Social e Governança, a contemplada foi a Sicredi Ouro Branco, com o case “Comitê de sustentabilidade e as possibilidades sustentáveis no agro”.

O Comitê de Sustentabilidade na Cooperativa foi implementado neste ano e visa estudar as temáticas relacionadas à promoção do desenvolvimento sustentável, para analisar as ações já implantadas e identificar oportunidades sustentáveis de negócios futuros.

O diretor-executivo da cooperativa, Francisco José Diel, recebeu o prêmio como representante dos mais de 71 mil associados. “É um reconhecimento de todas as comunidades da área de atuação da Sicredi Ouro Branco pelo trabalho sustentável realizado pela cooperativa. São 40 anos fazendo juntos, entendendo as necessidades dos associados e da sociedade, no âmbito econômico, ambiental e social aliado às boas práticas de governança, sempre em busca do propósito de construir juntos sociedades mais prósperas”, disse.

Três prêmios para a Estrelat

A Agroindústria Familiar Roberto de Oliveira, a Estrelat, de Linha Santa Rita – Estrela, recebeu três prêmios. Eliana Lenhard de Oliveira foi consagrada na categoria Elas no Agro com o case “Empresária do campo tipo A”. A Estrelat (Granja Lenhard) recebeu duas premiações, na categoria Dentro da Porteira com o case “Agro tipo A” e na categoria Depois da Porteira com o case “Leite por assinatura”.

Como líder da agroindústria, Eliana revela que demorou a “cair a ficha” após a divulgação de que a Estrelat receberia três prêmios. “Foi uma semana muito intensa após a divulgação de que seríamos triplamente premiados. Já ficaríamos imensamente felizes com um prêmio. Mas receber três distinções é algo indescritível. Este reconhecimento evidencia que, sim, mesmo sendo pequenos em tamanho e faturamento, podemos mostrar o nosso diferencial e trabalho único”, afirma.

Receber, em mãos, os três troféus, outorga todo o investimento feito pela família na propriedade, sempre visando a qualidade do produto oferecido ao consumidor. “Estamos impactando positivamente a região com o nosso trabalho e estes prêmios vêm para nosmotivar a seguir oferecendo um produto diferenciado. Os prêmios também impactarão na confiança ainda maior no nome Estrelat e no crescimento da nossa agroindústria. Por isso, estamos muito felizes em receber este reconhecimento, em deixar a nossa marca e o nosso legado para Estrela e, agora, para o Estado”, expõe.

Estrelat

A Estrelat é a única granja leiteira do Vale do Taquari e a segunda no Estado que produz o leite tipo A. Este tipo de leite é considerado puro (sem adição ou retirada de componentes), limpo (contagem de bactérias menor que 10 mil ufc/ml, sendo que na Estrelat tem sido um média menor que 8 mil ufc/ml) e saudável (mantendo todos os nutrientes).

A produção de leite na Granja Lenhard iniciou nos anos 1970, com Pedro Reinoldo Lenhard e Irma Lori Lenhard. Por longo período, a família produzia o leite tipo B. Em 2007, atendendo às novas regras sanitárias, a família investe em uma agroindústria, contemplando a pasteurização e o envase do leite na própria propriedade. Assim nasce a Estrelat, nome fantasia criado pela filha do casal, Eliana Beatriz Lenhard de Oliveira, que coordena as atividades da propriedade junto com seu marido, Roberto de Oliveira.

Em 2011, uma resolução do Ministério da Agricultura retira do mercado o leite tipo B. Com isso, a família precisa tomar uma decisão: produzir leite longa vida, o que não iria requerer investimentos, ou investir na produção do leite tipo A, algo quase desconhecido no Rio Grande do Sul, implicando em mais investimentos.

Como o leite produzido já tinha a contagem de microorganismos inferior a 10 mil ufc/ml e já ocorria a pasteurização e envase do leite dentro da propriedade, aliado ao desejo de continuar oferecendo um produto nobre e diferenciado, a família decide pela produção do leite tipo A. Em 2019 vem a certificação e o selo do Sistema Unificado de Sanidade Agroindustrial Familiar, Artesanal e de Pequeno Porte (Susaf), permitindo a comercialização do produto em todo o Estado.

A decisão de investir na produção do leite tipo A, aliado a outros investimentos na propriedade, trouxe inúmeros resultados para a Estrelat. Dentre os resultados, a conquista de novos mercados, aumento do número de clientes na venda direta porta a porta (leite por assinatura) e o incremento de 30% no faturamento da propriedade. “Não comercializamos somente leite, mas, sim, alimento e saúde”, ressalta Eliana.

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