Tecnologia e sustentabilidade se unem pelo conhecimento em Westfália

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Alunos puderam experimentar como é controlar um robô / Crédito da foto: Paloma Griesang

O conhecimento, educação, tecnologia e sustentabilidade foram os protagonistas durante a semana em Westfália. Eles estiveram em evidência na 13ª Feira do Conhecimento, que iniciou na terça-feira (30/8) e seguiu até a sexta-feira (2/9).

Palestras, encontros com escritores, livraria, oficina de robótica, exposições, concursos de oratória e poesia, além de muitas outras atrações integraram a programação. A secretária de Educação, Cultura, Turismo e Desporto de Westfália, Elisangela Schneider Wiethölter, explica que os eventos, que ocorreram na Oase, são a culminância de um trabalho que é realizado antes em sala de aula com os alunos.

Neste ano, a temática da feira foi “Tecnologia e Sustentabilidade”, e as atrações buscaram abordar os temas. Antes mesmo da abertura oficial, os alunos já tiveram atividades como o encontro com o ilustrador Ernani Counsandier e com a escritora Maria Luiza Puglia.

No dia da abertura, na quarta-feira (31/8), o destaque foi a palestra “Capitalismo consciente: o case da Dobra” com Guilherme Massena, aberta a toda a comunidade. Os óculos de realidade virtual também atraiu e encantou o público que pode experimentar essa inovação.

Na quinta-feira (1º/9), mais momentos de contato com autores. Durante a manhã e a tarde, as turmas se encontraram com os escritores Christian David e Pablo Moreno. Também acompanharam uma oficina de robótica. A noite foi reservada para os concursos de Poesia e Oratória. O concurso de oratória já acontecia em outras edições. Segundo a secretária, atraindo cada vez mais participantes. Já o concurso de poesias foi uma novidade, e uma forma de integras os alunos mais novos. “Uma forma dos que não têm toda essa desenvoltura se desenvolverem também, mas de uma forma mais tranquila”, pondera.

E na sexta-feira (2/9), arte e cultura se uniram. Na parte da manhã, os alunos assistiram o teatro “Cidade das Cores”, à tarde foi a vez da peça “Mistério da Mala”. E à noite, o teatro “Os Causos de Mariana”.

Consolidação

A secretária destaca a felicidade em voltar com a feira em seu modelo tradicional após dois anos de pandemia. Na opinião dela, é o momento de consolidar todo o trabalho que é feito dentro das escolas.

Ela salienta ainda a importância de trazer o tema “Tecnologia e Sustentabilidade”. “Convivemos com este cenário no dia a dia. Vemos os alunos buscando no dia a dia a tecnologia. Começamos um trabalho com robótica e é impressionante como eles buscam e gostam disso, de estar descobrindo coisas”, considera.

Elisangela diz que é fenomenal ver o potencial das crianças. “E tendo a feira conseguimos mostrar para os pais e comunidade todo esse potencial e o trabalho que é desenvolvido por professores em sala de aula”, pontua.

A tecnologia e a sustentabilidade na prática

A experiência com a tecnologia e a sustentabilidade não ficou apenas na temática, mas também foi praticada. Um dos momentos foi a demonstração de circuito de robôs feita pelos alunos da Escola do Sesi para os estudantes westfalianos.

Na quinta-feira, as turmas puderam conhecer mais sobre o projeto de robótica do Sesi, ver o funcionamento de um robô de perto e até mesmo experimentar como é controlá-lo. O Município adquiriu kits de robótica e, em breve, os alunos também vivenciarão essas experiências nas escolas.

Gabriel da Silveira Flores (18) foi um dos alunos do Sesi responsáveis por apresentar o projeto para as turmas de Westfália. Para ele é muito bom levar conhecimento aos outros. “A tecnologia tem que ser difundida para todo mundo. O conhecimento não é só meu, é de todo mundo. Assim como a robótica mudou a minha vida, pode mudar a de outras pessoas”, destaca. Para Flores, estes momentos de troca fazem o trabalho valer a pena. “Mostra que é uma oportunidade que temos e que temos que valorizar ela”, reforça.

Entre os alunos da Emef Vila Schmidt que acompanharam a oficina pela manhã, estava Guilherme Werkhausen Rutz (14) do 9º ano. Para ele, foi muito interessante participar do momento. “É interessante a parte dos robôs, que cada parte faz uma coisa diferente. Eu nunca pensei que dava para fazer isso com um robô”, avalia.

Rutz acredita que ter contato com esse conhecimento é importante porque a tecnologia está cada vez mais desenvolvida. “Então é importante saber mexer com isso desde cedo”, afirma. O jovem já tem contato com robôs, pois a família tem um na propriedade rural. Mas ele pondera que são robôs diferentes com sistemas semelhantes.

A sustentabilidade também esteve presente de diversas formas. Uma por meio da cooperativa escolar da Emef Vila Schmidt que produz sabão a partir do óleo de cozinha usado. A coordenadora do projeto, professora de ciências Rosvita Bayer Ahlert, explica que hoje esse sabão é produzido pelos alunos do turno inverso. O lucro das vendas é utilizado na compra dos ingredientes para a produção.

A professora vê que é importante incentivar essa produção, pois o óleo que está sendo trazido para a escola é um óleo que acabaria “indo para o ralo”, ou seja, sendo descartado de forma incorreta. “Com esse projeto pensamos nessa questão da sustentabilidade, porque o óleo reaproveitado é um óleo que não volta para a natureza”, pontua.

Olhares curiosos acompanharam explicações sobre robótica / Crédito da foto: Paloma Griesang

Concurso de oratória e poesia

No concurso de oratório os alunos tiveram que falar sobre o tema “Tecnologia e Sustentabilidade”, mote da feira este ano. Eles mesmos escrevem seus textos, que passam por revisões e adaptações com auxílio dos professores. Os vencedores foram: Guilherme Werkhausen Rutz, Augusto Rigatti Bagatini, Isadora Dahmer Knob, Milena Horst e Bernardo Ferreira Barth.

Já no concurso de poesias os destaques foram: Isabelle Luisa Wiethölter, Vandressa Gabrieli Horst Lindemann, Giovana Dahmer Knob, Débora Schröer e Natieli Monique de Oliveira Saueressig.

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