Dia Mundial de Combate à Aids busca levar conscientização e informação sobre a doença

1º de dezembro é marcado por união de pacientes e profissionais da saúde para conscientização de que a doença pode ser prevenida e tratada

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Laço vermelho é o símbolo da campanha

Desde 1988, após escolha da Organização Mundial da Saúde, o dia 1º de dezembro é considerado o Dia Mundial de Luta contra a Aids. Com o intuito de reduzir o preconceito, a data representa a mobilização de gerações de pacientes e profissionais de saúde para a conscientização sobre a doença e seus métodos de prevenção e tratamento.

Em Teutônia não haverá atividades alusivas, mas a Secretaria da Saúde alerta para a importância da informação. Conforme o secretário Juliano Renato Körner, o preconceito ainda está presente, embora tenha diminuído nas últimas décadas. “Pessoas infectadas pelo HIV podem demorar a procurar o serviço de saúde por medo de discriminação e isso pode levar a diagnósticos tardios que, sem tratamento adequado, podem se manifestar em estágios avançados da AIDS, com risco de morte e sequelas graves”, afirma.

Testagem rápida e exames para detectar o HIV

Todas as Unidades Básicas de Saúde de Teutônia têm disponíveis testes rápidos de HIV, Sífilis e Hepatites B e C. Os testes são gratuitos, seguros e sigilosos. O munícipe recebe o resultado em torno de 30 minutos após a realização da testagem.

De acordo com o enfermeiro da Vigilância Epidemiológica de Teutônia, Maicon Rau Pedra, os serviços especializados (SAE) também realizam testagem rápida. “Esses serviços acompanham os pacientes que convivem com HIV e outras doenças infecto-contagiosas. Em nossa região, Estrela e Lajeado contam com a especialização”, destaca.

Outra forma de realizar a testagem é por meio de exames laboratoriais. Estes devem ser solicitados por médico durante consulta. Há, ainda, os autotestes. O paciente compra o teste em farmácia e/ou pela internet e ele próprio realiza a testagem em casa.

O enfermeiro ressalta que, independente da forma do diagnóstico, o HIV é uma doença que precisa ser acompanhada e tratada. “Os pacientes não tratados estão sujeitos à muitas doenças oportunistas provocadas pela baixa imunidade. Caso você tenha suspeitas, procure realizar a testagem”, acentua Pedra.

Transmissão e prevenção

O vírus HIV pode ser transmitido por uma relação sexual desprotegida, pelo contato com sangue contaminado, devido à transfusão ou ao compartilhamento de seringas, por exemplo, e da mãe para o bebê durante a gestação, parto ou aleitamento. O meio mais simples e acessível de prevenção é o uso de preservativos masculino e feminino. A distribuição de preservativos acontece de forma gratuita em todas as Unidades de Saúde e também podem ser comprados em estabelecimentos de iniciativa privada, como farmácias e supermercados.

Sintomas e tratamento

Os primeiros sintomas são parecidos com os de uma gripe, como febre, mal-estar, lesões na cavidade oral, perda de peso, erupções na pele e garganta inflamada. Conforme o enfermeiro Pedra, o indicado é realizar o exame na suspeita de ter contraído e após 28 dias, devido à janela imunológica. “A chamada janela imunológica é o tempo em que a pessoa entrou em contato com o vírus do HIV e ainda não produziu anticorpos; esse tempo leva em torno de 28 dias”, informa.

Ainda não há cura para o HIV. No entanto, avanços científicos possibilitam que a pessoa infectada tenha qualidade de vida. “O tratamento inclui acompanhamento periódico com profissionais da saúde e a realização de exames. A pessoa deve tomar medicamentos antirretrovirais somente se exames indicarem a necessidade”, detalha Pedra.

O enfermeiro frisa que ser portador do HIV não significa que pessoa tenha Aids. A síndrome representa o estágio extremo da imunodeficiência provocada pelo vírus e só aparece em pessoas infectadas pelo HIV que não foram tratadas adequadamente.

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