Farsul solicita adequação no calendário de plantio da safra de soja 2023/2024

Federação aponta que o período definido prejudica o produtor gaúcho.

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Crédito: Divulgação

A Federação da Agricultura do Estado do Rio Grande do Sul (Farsul) solicitou a alteração do calendário de plantio para a Safra 2023/2024 de soja ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa).

O documento foi encaminhado nesta quinta-feira (13/7) também ao secretário de Agricultura do RS, Giovani Feltes, ao deputado federal Alceu Moreira e ao senador Luís Carlos Heinze.

A solicitação sugere que o período ideal para a semeadura no Rio Grande do Sul se inicie em 1º de outubro de 2023 e encerre em 18 de fevereiro de 2024, mantendo assim o período de 140 dias estabelecidos no calendário de plantio de soja da Safra 2022/2023.

O calendário emitido pelo Mapa na Portaria SDA/MAPA nº 840/2023 define a data de plantio no Estado em 110 dias, de 1º de outubro de 2023 até 8 de janeiro de 2024. Em comparação com o calendário 2022/2023, houve uma diminuição de 30 dias no período de semeadura da soja.

Falta embasamento

Conforme o ofício assinado por Elmar Konrad, 1º vice-presidente da Farsul, a decisão do Mapa não tem o embasamento técnico necessário e foi feita sem consulta aos setores que representam os produtores rurais.

Segundo ele, isso traz um grande prejuízo para o RS, que tem 40% do PIB advindo do agronegócio. “O calendário atual não permite o plantio soja safrinha, que é importantíssimo para viabilizar os investimentos feitos pelos produtores gaúchos”, cita.

A determinação do Mapa também prejudica a qualidade da semente estadual, já que impede o produtor de realizar rotação de culturas, destacou ele.

No ofício ao senador, Konrad também pontuou que a decisão conflita com a própria recomendação do Zoneamento Agrícola de Risco Climático (ZARC), o qual aponta que o período para o plantio da soja deve ir de outubro de 2023 até fevereiro de 2024.

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