Pequenos negócios gaúchos projetam com otimismo o próximo bimestre

Pesquisa do Sebrae RS indica que 37% dos empreendedores gaúchos pretendem expandir suas atividades.

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Crédito: Andrea Piacquadio / Pexels

O mais recente levantamento do Sebrae RS sobre o segundo semestre de 2023 junto aos pequenos negócios gaúchos aponta otimismo dos empreendedores gaúchos com o crescimento no faturamento. A pesquisa, realizada entre os dias 3 e 16 de julho, ouviu empresários de Micro e Pequenas Empresas (MPE) e Microempreendedores Individuais (MEI) dos setores do comércio, serviço, indústria e agronegócio do RS. 

Num crescimento consistente desde o início de 2023, quando apenas 10% indicavam aumento do seu faturamento, agora em julho este percentual passou para 17% das empresas pesquisadas, sendo que para 87% delas o crescimento foi de até 30%.

Neste cenário de melhora do faturamento, 37% dos respondentes revelaram que pretendem expandir seus negócios, 6 pontos percentuais a mais em relação à pesquisa anterior. Já 57% têm a intenção de manter as atividades nos próximos dois meses. Apenas 5% querem reduzir as atividades e 1% sinalizam intenção de encerrar o negócio.

No que diz respeito à situação da economia do estado no próximo bimestre, aumentou em 3 p.p o número de empresários que estão confiantes na melhora do cenário, chegando a 40% dos entrevistados. Com mais força, o percentual de empresários que estão confiantes na melhora da situação do seu ramo de atividade saltou 6 pontos percentuais, subindo de 49% para 55%.

Para o diretor-superintendente do Sebrae RS, André Godoy, a virada do semestre materializa as previsões anteriores quanto à retomada da confiança entre os empreendedores de forma geral, refletida nos números. Ele prevê uma aceleração na recuperação da economia. “O recuo da inflação, o início do ciclo de queda da Selic e os eventos característicos do segundo semestre fazem crer que o fechamento de 2023 será muito positivo para as MPEs gaúchas”, conclui.

Faturamento

Dos entrevistados, 17% relataram que tiveram aumento no faturamento. Trata-se do maior índice do ano, frente aos 15% e aos 10% registrados nos dois bimestres anteriores, respectivamente. Para aquelas empresas que indicaram aumento, 87% sinalizaram que a elevação de faturamento é de até 30%.

A porcentagem dos empreendedores que indicaram ter tido queda de faturamento caiu 4 p.p. na comparação com o período anterior, chegando a 47% dos entrevistados.

Crédito

A busca por crédito registrou o maior índice do ano, com 27%, percentual ligeiramente superior aos 22% e 26% registrados nos dois bimestres anteriores, respectivamente. 

O tíquete médio adquirido também é recorde no ano, com R$ 113 mil frente aos R$73 mil e R$ 98 mil recebidos em média nos dois bimestres anteriores, respectivamente. 

O estado de espírito do empreendedor também foi avaliado pelo estudo. Ao serem questionados sobre qual frase melhor representa a situação que vivem o momento, constatou-se que:

  • 37% se dizem satisfeitos – os desafios recentes provocaram mudanças valiosas;
  • 22% se dizem animados frente às novas possibilidades;
  • 8% se dizem aliviados – o pior já passou; e
  • 33% se dizem aflitos, possuindo ainda dificuldades com o negócio
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