Cooperativas terão linha de crédito exclusiva para se recompor das enchentes

Operação deverá iniciar a partir de 17 de outubro.

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Crédito: Leonardo Ozório / Câmara dos Deputados

Nesta segunda-feira (9/10), o BNDES aprovou a criação de uma linha de crédito emergencial para recompor as atividades das cooperativas agropecuárias gaúchas e de todas as suas cadeias produtivas prejudicadas pelos estragos das enchentes. Com condições diferenciadas, a operação deverá iniciar a partir de 17 de outubro.

Na avaliação do deputado federal Alceu Moreira (MDB-RS), um dos líderes do agronegócio no Congresso Nacional, a medida representa “um alento importante” a milhares de pequenos produtores cooperados e vinculados à atividade, mas que não pode significar o todo. “O cidadão que tinha 32 vacas e amanheceu sem nenhuma não terá condições de refinanciar suas dívidas. Precisamos considerar que muitas pessoas perderam tudo o que tinham. Para elas, a roda simplesmente não gira mais. Seguiremos trabalhando para ampliar o leque de soluções”, afirmou Alceu.

A viabilidade para a abertura dessa linha de crédito foi discutida há duas semanas, em Brasília, quando Alceu levou as demandas de cooperativas como a Dália Alimentos e a Languiru, além do Sistema Ocergs – entidade que representa o setor – ao conhecimento do ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro.

Confira algumas das condições da linha de crédito:

  • Opções de custo baseadas em taxas pré e pós-fixadas;
  • Possibilidade de indexação da dívida em variação cambial, especialmente pelas cooperativas que possuem receita em dólar ou atreladas à moeda norte-americana;
  • Prazo de pagamento de até cinco anos e carência de até um ano em áreas com situação de emergência ou calamidade para operações protocoladas até 31/3/2024;
  • Prazo de pagamento até dois anos e carência de até seis meses para linhas abertas após 31/3/2024.
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