“O maior prejuízo da Languiru foi perder o crédito”, disse Birck

A cooperativa estima apresentar o plano de pagamentos a partir de fevereiro ou março do próximo ano.

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Paulo Roberto Birck (e) e Gustavo Marques. Crédito: Reprodução Grupo Popular / YouTube

A Languiru gigante, marca mais lembrada do Vale, não existe mais. Não como era. O encolhimento foi imposto pela grave crise financeira da cooperativa e muitos enxugamentos ainda serão necessários. De 3.700 colaboradores em novembro de 2022, a Languiru fecha com 886 colaboradores um ano depois. A Liquidação Extrajudicial tornou-se o único caminho para manter o controle nas mãos dos associados; não tivesse acontecido, possivelmente sobrariam histórias e infindáveis dívidas. As informações começam a ser abertas às vésperas do próximo aniversário (13/11), que não terá evento comemorativo.

O liquidante Paulo Roberto Birck e o superintendente administrativo e financeiro Gustavo Marques abriram o atual estágio da Liquidação Extrajudicial, a lista de credores e as primeiras apurações de 2 meses de auditoria. “Tivemos que nos recolher, fazer este trabalho de reorganização, pedir desculpas e agora poder vir ao encontro e dizer o que está acontecendo”, sinalizou Birck durante entrevista ao Espaço Aberto da Rádio Popular na manhã de ontem (7/11).

O processo de liquidação iniciado em julho dá para a Languiru a oportunidade de negociar individualmente com os credores, sem contas bloqueadas ou bens alienados tirados do patrimônio. Um dos pontos foi um corte na linha do tempo, em julho. Depois, veio a publicação do balanço, com patrimônio líquido negativo. A lista de credores publicada no site permite a habilitação ou contestação de valores até dia 15 de dezembro.

A Languiru estima apresentar o plano de pagamentos a partir de fevereiro ou março do próximo ano. “A gente precisa dimensionar este valor real para apresentar o plano, que vai criar um mecanismo regular de pagamentos com a receita da cooperativa, que está sendo estabilizada”, explica Gustavo Marques. “Tudo que tem nota fiscal ou contrato compõe valor da dívida. Sabemos que foram prometidas certas coisas que não está em nenhum papel. O que não está no papel, a Languiru desconhece”, garante Birck.

Leia o conteúdo completo na edição desta quarta-feira (8/11) do jornal Folha Popular.

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