FundeF celebra Dr. Wilson Dewes durante 7º Curso Teórico-Prático de Fissura Labiopalatal em Lajeado

Evento reuniu profissionais da saúde de toda a América Latina envolvidos no tratamento da fissura labiopalatina entre os dias 4 e 6 de abril e contou com homenagens a Dewes, falecido em março, aos 84 anos

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Crédito: Divulgação/Fundef

A Fundação para Reabilitação das Deformidades Crânio Faciais (FundeF), com apoio da Smile Train Brasil, apresentou em Lajeado o  7º Curso Teórico-Prático de Fissura Labiopalatal. Entre 4 e 6 de abril, mais de 60 pessoas, entre cirurgiões, dentistas, fonoaudiólogos e diversos outros especialistas, se reuniram na Clínica Dr. Wilson Dewes para uma imersão na área. O evento contou com palestras e oficinas práticas na Clínica e no Hospital Bruno Born (HBB)

Entre os principais convidados da área da cirurgia estavam o chileno Carlos Giugliano, Diretor Médico e Vice-Presidente Executivo da Fundação Alfredo Gantz Mann, no Hospital Infantil com Fissuras; Renato Freitas, cirurgião plástico e crânio facial do CAIF e professor de cirurgia plástica da UFPR; e o argentino Diego Steinberg, especialista em Cirurgia Plástica Craniofacial e fundador e diretor da World Craniofacial Foundation.

Durante sua participação, Freitas abordou em detalhes as fissuras unilaterais e bilaterais, assim como a cirurgia de palatoplastia. Enquanto isso, Giugliano explanou sobre as características das fissuras bilaterais submucosas e os resultados dos procedimentos a longo prazo. Ambos realizaram procedimentos cirúrgicos no HBB.

Homenagem ao Dr. Dewes

Principal idealizador da FundeF, o Dr. Wilson Dewes – que faleceu no dia 26 de março, aos 84 anos – foi homenageado durante os dias do evento, em especial no sábado (06), data que completaria 85 anos. Segundo Alain Viegas, cirurgião e diretor técnico da FundeF, Dewes é mais do que o idealizador da instituição e, sim, o principal realizador.

“Foi ele que permitiu que tudo isso acontecesse. Ainda que não esteja presente hoje, a gente sabe que tudo isso se deve não só a ideia dele. De ideias o planeta está cheio, mas quantas ideias se transformam em algo como a FundeF? Poucas. Essa habilidade de conseguir congregar as pessoas é o que destaca sua jornada”, comentou, emocionando todos na solenidade de conclusão do evento.

O trabalho da FundeF

Há 32 anos a FUNDEF é referência para mais de 3.6 mil pacientes, residentes no estado do Rio Grande do Sul, que possuem fissuras labiopalatinas e mais de 37 mil pacientes na área da reabilitação auditiva. Ao todo, 390 municípios são atendidos pela instituição.

Mais de 8 mil pacientes foram atendidos pela FundeF em 2023. A área de Fissura Labiopalatina realizou mais de 46 mil procedimentos e fez 347 cirurgias. Enquanto isso, a área da Saúde Auditiva, também atendida pela instituição, concluiu mais de 18 mil procedimentos e entregou 1.240 aparelhos auditivos.

O que é fissura labioplatina?

A fissura labiopalatina, condição dos indivíduos atendidos por esses profissionais, é uma malformação congênita que afeta o lábio e/ou palato (céu da boca). Durante o acompanhamento, o cuidado ao realizar técnicas adequadas para a correção cirúrgica do palato, visa reabilitar de forma funcional a fala e o crescimento craniofacial.

“Ao final do período de tratamento, as limitações que geram a deficiência não estão mais aparentes, sejam elas físicas ou indícios de escape de ar nasal e dificuldade de fala. O que fica é apenas uma cicatriz”, esclarece Viegas.

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