Sicredi Ouro Branco fechará 2024 com R$ 4 bilhões em ativos e projeto arrojado de expansão em Minas

Cooperativa apresentou resultados econômicos e sociais de 2024 no evento CooperAção que Transforma.

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Dados são divulgados ao público em geral na noite desta quarta-feira. Crédito: Lucas Leandro Brune

A Sicredi Ouro Branco RS/MG realiza o evento CooperAção que Transforma nesta quarta-feira (4/12). Em apresentação à imprensa, lideranças e associados, a cooperativa demonstra dados sobre os indicadores econômicos e sociais da cooperativa e sobre as entidades beneficiadas pelo Fundo Social e pelo movimento nacional Pix Solidário – Ajude RS. Ainda, é apresentado o planejamento da cooperativa para os próximos anos.

Em toda a sua região de atuação, a Sicredi Ouro Branco possui R$ 4 bilhões em ativos totais, R$ 3,5 bilhões em depósitos totais, R$ 2,7 bilhões em carteira de crédito e R$ 561 milhões em patrimônio líquido. São 32 agências em 77 municípios, 104 mil associados e 487 colaboradores.

Expansão

A primeira agência em solo mineiro foi inaugurada em julho de 2023. Em 1 ano e meio de atividades no estado, a cooperativa já possui oito agências em cinco municípios dos vales do Aço e do Jequitinhonha. São 6 mil associados e R$ 267 milhões de recursos entre depósitos e empréstimos. A projeção para o período era de R$ 216 milhões e um número de associados de 5.500.

Os 56 municípios nos quais a cooperativa pode atuar no estado somam 970 mil habitantes e um PIB de R$ 38 bilhões. Com as expectativas superadas, o projeto de expansão é arrojado para os próximos 4 anos (2025/2028). O objetivo é encerrar 2028 com 23 agências em 18 municípios mineiros, geridas por 160 colaboradores, além de uma sede regional. Hoje atuam 60 pessoas.

Para 2025, as cidades de Guanhães, Peçanha e São João Evangelista devem receber agências.

O diretor-executivo, Francisco José Diel, lembra que o movimento de expansão não significa deixar de prestar atenção às comunidades no RS. “A cooperativa não tem preferência por estados. Continuará cuidando bem do que temos aqui; prova disso são os índices de satisfação dos associados e o movimento de restruturação de todas as nossas agências no ano passado, dando uma condição ainda melhor de atendimento à comunidade”, cita. O objetivo do Sicredi, segundo ele, é colocar as pessoas no centro das relações.

Fundo Social e Pix Solidário

O presidente Neori Ernani Abel abordou os recursos distribuídos pelo Fundo Social e o Pix Solidário – Ajude RS ao longo de 2024. “Para além do financeiro, se não formos efetivos no lado social, não temos razão de existir”, reforçou.

O Fundo Social garante que 1,5% do resultado líquido da cooperativa seja revertido para ações sociais. É a comunidade quem decide onde aplicar os recursos em reuniões com os coordenadores de núcleo. Desde 2018, foram distribuídos R$ 5,6 milhões em 942 projetos contemplados no RS. “Muitas comunidades do interior estão ativas devido ao recebimento destes recursos, por exemplo. O Fundo Social não é o fim. Muitas vezes, é o meio de um projeto”, ressaltou.

Disse que chegou a ser ventilado o uso do Fundo Social 2024 para auxiliar os atingidos pela cheia, assim como foi feito em 2020, durante a pandemia. À época, sete hospitais da região foram auxiliados. “Como neste ano tivemos outros recursos como o Pix Solidário, o Fundo pode atender seu objetivo original”, conta Abel.

A Sicredi Ouro Branco destinou R$ 1,4 milhão em 2024, com 290 projetos completados. A maioria dos recursos doados foi utilizada para projetos na Educação (100), seguida de perto pela Cultura (94). Saúde (36), Segurança (31), Esporte (25) e Meio Ambiente (4) também foram contemplados.

Ernani conta que, desde maio, o slogan “Construir juntos uma sociedade mais próspera” foi transformado para “Reconstruir juntos comunidades”, devido a tragédia que assolou o estado.

Foram R$ 7,2 milhões destinados ao Sicredi Ouro Branco pela financeira a partir de doações. Além disso, a Sede Administrativa, em Teutônia, recebeu e repassou 25 carretas de donativos a 50 municípios afetados.

Os recursos foram distribuídos através de entidades, observando critérios como benefício à coletividade, grau de severidade do município atingido e projeto organizado por entidades da comunidade. Foram 31 projetos no Agro, 28 na Educação, 31 em Infraestrutura, 25 em Mitras/Associações e Prefeituras e 9 em Segurança.

Estrela recebeu o maior montante, com R$ 2,45 milhões para 35 projetos, como a reconstrução da Feira do Produtor. Na sequência veio Colinas, com R$ 1,25 milhão. Teutonia recebeu R$ 46 mil.

“Ainda, foram R$ 257 milhões de crédito liberado e 2.052 operações. Atendemos 1.868 associados com repasses em recursos próprios e via BNDES, todas para reconstrução. Muitos municípios ficaram sem telefone, luz ou acesso. Sabendo da realidade dos associados, muitas operações em vencimento foram prorrogadas automaticamente”, sinalizou Francisco Diel

“O recurso não serviria de nada se as comunidades não se mobilizassem e não fizessem acontecer”, enalteceu Neori Abel.

O evento aberto ao grande público pode ser acompanhado na íntegra clicando aqui.

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