Autismo é tema de formação na educação de Estrela

Capacitação será promovida pela Secretaria Municipal de Educação de Estrela em parceria com a ONG Cristal Azul, em uma das ações que marca o Abril Azul, mês de conscientização do transtorno

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No penúltimo dia do Abril Azul, mês marcado pela conscientização sobre o Autismo, o Governo de Estrela, por meio da Secretaria Municipal de Educação (Smed), promoverá a formação “Transtorno do Espectro Autista: Intervenção e Inclusão Escolar”.

A capacitação, em parceria com a ONG Cristal Azul, terá como público-alvo os monitores da rede municipal que estão envolvidos diretamente no atendimento aos alunos-foco. O encontro terá a participação da psicopedagoga Luciane Ribeiro e será realizado a partir das 13h30, na Câmara de Vereadores de Estrela.

Na pauta do encontro e da palestra, serão abordados temas como a definição do Autismo, características e comportamentos de alunos autistas, aprendizagem dos mesmos, rotinas e estratégias para envolvê-los nas atividades pedagógicas e outros temas ligados ao Transtorno do Espectro Autista (TEA).

Segundo dados da Smed, a rede municipal possui hoje 35 monitores para atender este público específico, tantos aqueles com laudo fechado, que seriam em torno de 30 alunos, como também aqueles que apenas apresentam suspeita de autismo, levando sempre em consideração a necessidade e individualidade de cada criança ou jovem.

Segundo as coordenadoras da Educação Inclusiva da Smed, o tema merece maior atenção pois a valorização e a importância do aprendizado junto ao público-alvo vem em uma crescente, e como se busca tirar melhor proveito dos momentos que as alunos com TEA passam na escola, o trabalho realizado pelos profissionais ligados a eles é fundamental neste processo.

A coordenadora Deice Friedrich explica que o trabalho do monitor é auxiliar o aluno no seu processo pedagógico, oferecendo condições de desenvolvimento e aprendizagens significativas, respeitando e compreendendo sempre as individualidades de casa um.

Marinês Landmeier, também coordenadora da Educação Inclusiva da Smed, acrescenta que a criança com autismo necessita de antecipação no seu dia a dia. “Este processo faz com que ela se sinta segura, e por isso cresce a importância de trabalharmos baseados em uma rotina preestabelecida”, afirma.

O autismo é caracterizado por uma combinação de características pautadas pelo prejuízo na interação social e na comunicação, verbal e não verbal e por padrões restritos e repetitivos de comportamento, interesses e atividades. Usualmente o quadro tem início precoce, antes dos 3 anos de idade. A prevalência é de quatro a cinco crianças em cada 10 mil, com predomínio maior em indivíduos do sexo masculino.

Em todo o mundo, mais de 70 milhões de pessoas são portadores de autismo, o que corresponde a cerca de 1% da população mundial, segundo dados da Organização das Nações Unidas (ONU). No Brasil, cerca de 2 milhões de pessoas são autistas. O TEA é dividido em três níveis: leve, moderado e grave, e pode ser identificado já nos primeiros meses de contato do bebê, sendo que o diagnóstico precoce é fundamental.

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