A Secretaria de Agricultura e Meio Ambiente de Fazenda Vilanova e o Escritório Municipal da Emater-RS/Ascar realizaram na sexta-feira (6/1), mais uma etapa do controle do borrachudo, com a aplicação do BTI em pontos de proliferação. A pasta realiza o serviço desde agosto de 2022, nos meses em que ocorre maior proliferação do inseto.
O produto é específico para a larva do mosquito que se desenvolve em água corrente e presença de sol. Ele não tem efeito mortal no mosquito adulto, por isso sua utilização em outros locais que não tenham água corrente não fará diferença no combate ao animal.
O secretário de Agricultura, Marcos Adriano Lerner (Kiko), explica que o trabalho realizado nesta etapa foi um pouco diferente dos anos anteriores. “Não foi entregue o BTI para ser aplicado pelos produtores nas propriedades. Foram os próprios técnicos da Secretaria e da Emater que visitaram todos os locais onde existiam os focos. Os pontos foram analisados individualmente e avaliada a necessidade da aplicação”, explica.
O prazo de 15 dias para segunda aplicação, de acordo com o ciclo do período larval foi respeitado, Lerner afirma que os resultados obtidos foram “excelentes pois há meses não temos o ataque deste inseto, que tanto prejudica a produção dos animais, como o bem estar da população”.
Segundo a Técnica da Emater-RS/Ascar, Luciane de Armas, a infestação do mosquito borrachudo ocorre devido a retirada da vegetação ciliar ao longo dos córregos, a utilização de agrotóxicos e a contaminação dos recursos hídricos por dejetos animais.
“Essas situações contribuem para a proliferação de larvas de borrachudo, pois diminuem os predadores naturais do inseto e aumentam o material orgânico disponível para a alimentação das larvas. Dessa forma é de suma importância a colaboração de todos para que sejam usadas medidas de proteção ambiental e que a vegetação em torno dos córregos seja recuperada. Com isso é possível prevenir o problema, uma vez que o BTI é apenas uma solução paliativa e emergencial para os períodos de crise”, salienta.