Empreendedores buscam priorizar aumento das vendas e equilíbrio das finanças, aponta Sebrae

Os dados fazem parte da 37ª edição da Pesquisa de Monitoramento dos Pequenos Negócios

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Crédito: Divulgação

O Sebrae RS lançou 37ª edição da Pesquisa de Monitoramento dos Pequenos Negócios, realizada de 2 a 31 de julho. Segundo os dados, aumentar vendas (59%), equilibrar finanças (58%), reconstruir o negócio (45%) e busca por crédito (44%) são as prioridades dos empreendedores entrevistados pelo Sebrae RS.

A pesquisa foi realizada entre os dias 2 e 31 de julho. O estudo buscou identificar como está a recuperação dos micro e pequenos empreendedores, seu desempenho, principais necessidades e perspectivas para o próximo bimestre.

Ao todo, foram entrevistados 597 empreendedores e o nível de confiança é de 95%, com margem de erro de 3%. A pesquisa envolveu coleta e análise de números através de questionário estruturado para quantificar relações de monitoramento e tendência.
“Nossa pesquisa mostra que a fase mais aguda após os alagamentos de maio foi relativamente superada. Esses dados são importantes porque demonstram de forma clara alguns caminhos que podem ajudar neste momento e traz subsídios para que desenvolvam estratégias e soluções assertivas de resolução.

É latente a necessidade de fortalecer os pequenos negócios, que é o setor que vai impulsionar mais rapidamente a economia”, diz Ariel Fernando Berti, diretor-superintendente do Sebrae RS.

Sobre o impacto dos recentes eventos climáticos nos pequenos negócios, 90% dos entrevistados revelaram terem sido afetados de alguma maneira. Destes, 36% relataram danos em parte de suas estruturas, enquanto 28% não sofreram danos estruturais, mas enfrentaram paralisações devido à ausência de colaboradores, escassez de matéria-prima, dificuldades de acesso ao local de trabalho, entre outros obstáculos.

Já 26% indicaram completa destruição das suas instalações. Apenas 10% afirmaram não terem sido impactados. Referente à atual situação dos negócios, 75% das empresas já estão operando desde julho. Apenas 23% não haviam retornado. Já 2% dos pesquisados admitiram o encerramento total da operação.

Redução do faturamento no último bimestre foi um processo apontado por 86% dos respondentes da pesquisa. Para 60% deles, a queda foi superior a 40%. Para 90%, os negócios foram afetados de alguma maneira pelos eventos climáticos. A pesquisa indicou ainda que 46% dos entrevistados procuraram financiamento para seus negócios, 34% já conseguiram e 13% estão em processo de análise. O valor médio obtido foi de R$ 92,7 mil por empresa.

Os principais motivos para buscar financiamento foram o pagamento de contas (62%), reformas e obras civis (49%), aquisição de máquinas e equipamentos (45%), compra de estoque (44%), compra de bens duráveis (37%), pagamento de funcionários (34%), pagamento de dívidas (31%) e compra de matéria-prima (23%).
Fatores que mais afetaram os negócios

O estudo do Sebrae RS listou ainda 11 fatores que mais afetaram os negócios no último bimestre, segundo os entrevistados. Foram eles:

  • Falta de recurso financeiro (50%)
  • Falta de clientes (48%)
  • Custos de recuperação da estrutura e de equipamentos (43%)
  • Perda de mercadorias/estoque (42%)
  • Problemas na estrutura física da empresa (38%)
  • Interrupções na operação (37%)
  • Dificuldade de recebimento de entrega de mercadorias (34%)
  • Endividamento do negócio (26%)
  • Alta dos custos de matéria-prima e insumos (23%)
  • Falta de matéria-prima e insumos (20%)
  • Ausência dos colaboradores impossibilitados de trabalhar (15%)

Por fim, a pesquisa do Sebrae RS revelou as expectativas para a economia do RS. Segundo 62% dos entrevistados, há confiança na melhora do seu ramo de atividade. Já 44% estão confiantes no incremento da economia do RS para o próximo bimestre. Dos entrevistados, 60% têm a intenção de manter as atividades nos próximos dois meses, e 31% revelaram que pretendem expandir o negócio. Contudo, 47% preferem manter a situação atual.

Em relação ao financiamento, 58% dos entrevistados têm intenção de buscar crédito no próximo bimestre para atender às necessidades de capital de giro, aquisição de máquinas e equipamentos, bem como pagamento de dívidas e inovação.

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