André Brito defende mais mobilização regional e menos mendicância ao Estado e à União

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Rosi Santos e André Brito foram eleitos com 81,76% dos votos válidos / Crédito: Luciana Brune

André Brito foi reeleito prefeito e vice de Taquari com 81,76% dos votos válidos. Para esta gestão, terá como vice Rosi Santos, filha do ex-prefeito Renato Batista. Ambos acreditam que a votação expressiva foi devido à aproximação e construção política de uma aliança robusta, com perfis semelhantes e que querem o melhor para a cidade.

Rosi aponta que a campanha foi voltada ao amor por Taquari. “Minha história política é ligada ao pai, prefeito por duas vezes. Cresci vendo o real objetivo da política, um caminho limpo e honesto”, cita. Quanto a sua participação no pleito, aponta que as mulheres acreditaram ser importante a presença de uma mulher na política. “Nossa caminhada foi vibrante, de coração. Sentimos verdadeira aceitação nas casas”, lembra.

André concorda: Foi uma campanha diferente, com elogios ao que já havia sido feito e apontamentos de melhorias. Ressalta, porém, que a maior parte das demandas dizia respeito a atribuições que não são competência municipal. “Começam a nos preocupar. Queremos ampliar o debate. Nós como gestores precisamos cobrar dos entes maiores, não ficar só no discurso político em pontos que devem ser permanentes”, aponta.

Mobilização regional

Brito defende que os gestores municipais da região devem se mobilizar e parar de bater palmas. “Mudar o conceito do que é ser prefeito, não viver na mendicância dos entes maiores, e sim cobrar que o pacto federativo funcione. Não posso bater palma para secretário de Estado dizendo que está uma maravilha quando sei que a população está sofrendo. Até quando vai ficar essa tabela do SUS e até quando nossos prefeitos vão ficar batendo palma? Ou vamos começar a falar sobre isso?”, provoca. “Aquilo que é direito da população não pode ser usado como discurso”, cita.

Taquari faz parte não só da Amvat, mas também da Associação de Municípios da Região Metropolitana. Para ele, as formas de atuação dos dois grupos são muito diferentes. Na Granpal, a forma de cobrança é direta. “Nós como região [Vale do Taquari] temos que ter maturidade suficiente, não sermos subservientes e, sim, sermos sindicalistas em defesa da sociedade”, comenta.

Projetos e apoio

Os eleitos pretendem realizar gestão objetiva, sem romantismo, e trabalhar da mesma forma com a Câmara, na qual terão maioria. Em novembro, pretendem convidar os vereadores a visitar a prefeitura. “Passadas as eleições, não existe mais partido”, ressalta Brito.

Assista à entrevista

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