Promotor de Justiça fala sobre a Operação Schmutzige Hände (Mãos Sujas) em Teutônia

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Operação foi realizada no dia 28 de março e resultou em quatro prisões / Crédito da foto: MP / Divulgação

A Operação Schmutzige Hände (Mãos Sujas) foi motivada através de notícias e denúncias recebidas pelo Ministério Público (MP). Conforme o promotor de Justiça de Teutônia, Jair João Franz, foram três meses de investigação. “Chegavam informações de que havia corrupção no governo, no mais alto escalão da prefeitura”, informa Franz.

Com base nisso, foi instaurando um expediente investigatório pelo Ministério Público dentro da Prefeitura Municipal de Teutônia. Foram coletadas provas, com autorizações judiciais, documentos, escutas de telefones celulares pessoais e então se chegou até as prisões e os mandados de busca e apreensão.

Não há definição sobre o valor total que foi desviado dos cofres públicos. Além disso, o promotor falou sobre o afastamento de um secretário municipal que não foi preso, mas não pode nem se aproximar da prefeitura. Esse servidor não teve o nome, nem o cargo revelado. Além desse secretário, não estão descartados novos afastamentos e prisões, que agora dependem das investigações.

O que também foi informado pelo promotor é que o ex-prefeito Ricardo Brönstrup, pai do atual prefeito, Jonatan Brönstrup, agia praticamente como prefeito do município.

“Corrupção Sistêmica”
Entre os crimes apurados pelo Ministério Público estava a organização criminosa, corrupção, fraude em licitações, lavagem de dinheiro e tráfico de influência. Segundo o promotor, a corrupção era sistêmica com ação do secretário municipal de Saúde e chefe de Gabinete, Alexandre Daniel Peters. Ou seja, Peters não agia somente na Secretaria de Saúde, na qual tinha responsabilidade pela pasta, e sim em todas as demais secretarias da prefeitura, como chefe de gabinete.

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