Emater/RS-Ascar elabora material que orienta transportadores de alimentos em tempos de coronavírus

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Em tempos de Covid-19, a comercialização de alimentos não para. E foi pensando nisso que a Emater/RS-Ascar elaborou um documento que orienta os transportadores de alimentos que abastecem o Estado, para que adotem medidas que evitem a multiplicação do coronavírus. O foco das recomendações, de acordo com o extensionista da Emater/RS-Ascar, Lauro Bernardi, é para a importância da higiene pessoal e para o manuseio de objetos e equipamentos durante o transporte e a entrega de frutas, verduras ou leguminosas em mercados ou mesmo em domicílios.

Entre as recomendações, Bernardi sugere que o transportador adote vários “kits viagem”, que poderão ser compostos por álcool 70% (gel ou líquido), panos limpos, papel toalha, papel higiênico e sabão líquido, além de solução de hipoclorito de sódio (ver anexo) para a higiene pessoal e dos objetos utilizados. “Também é importante que o condutor leve seu próprio alimento e bebidas, o que evita paradas, além de seus utensílios, que jamais devem ser usados por outras pessoas”, pondera. “Sobre a viagem, é importante usar roupa que cubra a maior parte do corpo, evitando bermuda e chinelos”, exemplifica.

No material elaborado pela Emater/RS-Ascar também estão previstas recomendações para o veículo, como é o caso da limpeza de direção, alavanca, freio de mão, painel, retrovisor interno e externo, portinhola do porta luvas, portas do furgão e parte interna do baú. “Essas superfícies podem deixar o vírus ativo por dias, sendo importante a aplicação de álcool 70% ou solução clorada, com panos limpos ou papel toalha”, sugere o extensionista. “Vale o mesmo para canetas, calculadoras e maquininha de pagamento, que não devem passar de mão em mão ou serem usadas por mais de uma pessoa”, enfatiza.

Atenta às novas determinações, a agricultora Everlin Kremer, de Feliz, afirma que o produtor rural anda precisando se “reinventar” nestes tempos de isolamento. Com a redução das entregas de alface, rúcula, vagem, pimentão, morango, tomate cereja e brócolis, entre outros, para mercados e para a Ceasa/RS, a família Kremer resolveu investir em kits de produtos para entrega direta ao consumidor. “E todas as etapas a gente faz respeitando as questões de higiene, com o uso de luvas, máscara, adoção do álcool gel para limpeza de utensílios, caixas e ambientes”, observa. “Acredito que esta também seja uma forma de dar mais segurança para o consumidor”, avalia.

Dado o alto contágio do vírus – oito em cada dez pessoas podem ser contaminadas -, a Emater/RS-Ascar, que atua por meio de convênio com a Secretaria de Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural (Seapdr) do Governo do Estado, sugere ainda que viagem o mínimo possível de pessoas a cada entrega, que jamais o transportador saia se sentir sintomas como febre ou tosse seca e que mantenha o veículo sempre ventilado no trajeto. “Nessa hora até a redução no número de conversas entre os passageiros, pode diminuir a contaminação”, salienta Bernardi, que finaliza lembrando que o grande “segredo” está em redobrar os cuidados com a higiene. “A alimentação é um serviço essencial e é preciso que façamos a nossa parte”.

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