Com foco em alimentos, Tecnovates tem três projetos selecionados pela Sdect

Mais de R$ 2 milhões serão investidos

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Crédito da foto: Tuane Eggers/Divulgação

Dos 27 projetos contemplados pela Secretaria do Desenvolvimento Econômico, Ciência e Tecnologia (Sdcet) para o fortalecimento da inovação, ciência e tecnologia no Estado, três serão desenvolvidos pelo Parque Científico e Tecnológico do Vale do Taquari (Tecnovates). Os projetos somam o valor de R$ 2.193.546,92 e são voltados à produção de alimentos, uma das áreas prioritárias da Universidade do Vale do Taquari.

Por meio do Programa RS Tecnópole de apoio às Incubadoras de base tecnológica e de Indústria Criativa (RS Incubadoras), será implantado na Univates o Laboratório de Práticas de Produção de Alimentos – FOOD FABLAB. O objetivo é potencializar a vocação regional para a produção de alimentos por meio de processos de inovação e agregação de valor às cadeias produtivas. O valor total do projeto é de R$ 376.074,79, sendo R$ 299.977,91 subsidiados pela Sdect com contrapartida de R$ 76.096,88 da Univates.

De acordo com a coordenadora do projeto e gestora da Incubadora Tecnológica da Univates (Inovates), Cíntia Agostini, o laboratório poderá contribuir diretamente para a tomada de decisões regionais em relação à manutenção de produção da cadeia de alimentos e de ampliação da agregação de valor para as cadeias produtivas desta, tanto no que tange ao produtor como no processamento e na industrialização de produtos inovadores.

Também será implantado o Laboratório de Biotransformação de Alimentos por meio do Programa Gaúcho de Parques Científicos e Tecnológicos – PGTEC, com um investimento de R$ 941.766,40, sendo R$ 753.090,16 via Sdect e contrapartida de R$ 188.676,24 da Univates.

Conforme a diretora de Inovação e Sustentabilidade da Univates, doutora Simone Stülp, o foco do laboratório será o desenvolvimento de produtos funcionais, enzimáticos, nutricionais e farmacêuticos, com instalação de planta piloto de pesquisa & desenvolvimento de produtos alimentícios biotransformados. “Um dos objetivos com a implantação deste projeto é voltado ao setor de produção de ovos, além de outros processos de biotransformação de alimentos”, explica Simone.

Já pelo Programa de Apoio aos Polos Tecnológicos serão investidos R$  875.705,73 no projeto “Qualificação na produção de mudas de erva-mate”, sob coordenação da doutora Elisete de Freitas. A iniciativa visa a contribuir para reduzir ou minimizar a dificuldade na obtenção das mudas, que se constitui em um dos principais problemas que afeta a cadeia produtiva da erva-mate.

Segundo Elisete, isso será realizado por meio do desenvolvimento de um protocolo de estratificação de sementes, aumentando significativamente os índices de germinação, reduzindo a desuniformidade no período de germinação e promovendo a formação de mudas de melhor qualidade. “Com isso, a produtividade será maior. Ainda, visa a investigar possibilidades para ampliar as formas de exploração da espécie, contribuindo para a viabilidade econômica de propriedades rurais vinculadas à exploração da erva-mate e todo o restante da cadeia produtiva”, finaliza.

Dos três projetos, o convênio Programa de Apoio aos Polos Tecnológicos deve ser assinado nos próximos dias, após alguns trâmites internos da Sdect.

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