Historiadores discutem ausência de desfiles cívicos em Teutônia

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Professores do CT e Escola Gomes Freire participaram do programa na manhã deste sábado. Créditos: Lucas Leandro Brune

Os professores Paulo Renato Costa dos Santos e Carlos Campos, docentes do Colégio Teutônia e da Escola Estadual de Ensino Médio Gomes Freire, participaram na manhã deste sábado (10/9) do programa Comunidade Alerta, da Rádio Popular FM.

Na oportunidade, debateram sobre o tema “por que Teutônia já tinha e não tem mais desfiles cívicos nas escolas”.

O professor do CT, Paulo Costa, acredita que falta liderança. Da mesma forma, ressaltou que, apesar de não ter desfile, seu colégio realiza todos os meses hora cívica com os alunos.

Completando, Campos ressalta: “Enquanto temos uma grande movimentação para os desfiles Farroupilhas, ambos conteúdos se confundem nas escolas, uma vez que alunos muitas vezes não entendem porque precisam participar dos dois”.

Para Campos, que participou durante cinco anos do desfile da escola Gomes, existem alguns motivos para que as escolas tenham deixado de realizar as comemorações. “Primeiro, podemos usar a expressão atual ‘quem vê close, não vê corre’. Ou seja, o desfile é muito bonito, sentimos orgulho de tê-lo, mas construí-lo não é tão simples como se imagina”, cita.

A isso, o professor acrescenta que duas bandeiras levaram ao término do desfile na escola Gomes. A primeira foi a falta de motivação, resultado de corte do aporte financeiro estadual à banda marcial da escola, dos salários parcelados e sem reajuste dos professores e de aulas serem substituídas pela preparação de material para o desfile.

A segunda foi a sustentabilidade. “Em um desfile, queremos não só ver pessoas, mas também conteúdo. Para isso, é preciso elaborar faixas, cartazes, roupas, maquetes, o que gera uma grande quantidade de lixo”, completa.

Para o professor Costa, realizar hora cívica com os alunos todas as semanas é o primeiro passo. “Fazer as crianças cantarem os hinos e entenderem o que estão cantando, aprenderem o contexto da época em que eles foram criados”, pontua. Como alternativa aos desiles, cita as caminhadas cívicas com monitoramento dos professores e apoio das escolas.

Já Campos ressalta que é o município, assim como cidades menores, tem estrutura para que desfiles aconteçam, mas não adianta olhar o projeto somente na sua conclusão. “Até lá, já percorreu-se um longo caminho, que também precisa ser avaliado”, encerra.

O programa na íntegra você confere abaixo:

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