Sine nas escolas em tem objetivo de conscientizar jovens sobre mercado de trabalho em Teutônia

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Cláudia vai até as escolas para um bate-papo com as alunos / Crédito: Nícolas Schonhorst Mallmann / Divulgação

As relações e as formas de trabalho vem sofrendo mudanças há muito tempo, mas somente após a pandemia de covid-19 foi possível perceber de forma mais clara tal transformação. Pensando nisso, a Fundação Gaúcha do Trabalho e Ação Social (FGTAS) em conjunto com a Secretaria Estadual do Trabalho, Emprego e Renda e Secretaria de Administração de Teutônia iniciaram no mês de outubro o projeto Sine nas Escolas.

O projeto existe desde 2017 e tem o intuito de disseminar o conhecimento acerca do mercado de trabalho, atualizar os jovens estudantes e já formados que estejam iniciando a trajetória profissional e desejam ter informação.

A analista técnica do FGTAS, Cláudia Gutteres, é a profissional responsável por ir às escolas, ela explica que o projeto acontece com turmas do 7º ano até o ensino médio. Nos encontros, é realizado um bate papo para colocá-los a par do que está acontecendo em nível de município, estado e até mundo, principalmente temas relacionados ao pós-pandemia.

Nas reuniões são detalhados acontecimentos a respeito do mercado de trabalho, vagas existentes, dificuldades em preencher oportunidades, diferencial na questão de qualificação profissional, facilitando o ingresso dos jovens nas empresas.

O mercado e a tecnologia
A profissional menciona pesquisas recentes feitas pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) que mostram os jovens de 18 a 24 anos como principal público que sofre demissões, geralmente por uso indevido do celular e desrespeito com a hierarquia da empresa.

Sabendo das exigências feitas pelas organizações, Cláudia ressalta a obrigação do poder público de colocar aos jovens quais são suas realidades e necessidade de trabalhar para obter conquistas. Ela cita ainda cursos com bolsas gratuitas e em EAD.

Ela destaca importância da escolaridade e a facilidade atual em agregar valor ao currículo por meio de cursos online e programas como Sebrae e Sesi. Ela define como “um choque de realidade” as falas pautadas nas facilidades proporcionadas pelas tecnologias. “Eles têm a obrigação de ter essa escolaridade maior, de ter uma qualificação”, enfatiza.

O Sine também ensina os jovens a montar seu currículo e cuidados necessários no momento de entrega. Também são abordadas questões de postura, vestimenta, comportamento. “Conversar com eles no nível deles para que eles entendam, numa linguagem simples e de acordo com as dúvidas que vão surgindo a gente vai fazendo esse bate papo”, pontua.

O projeto já possibilitou a visita em seis escolas municipais, atingindo cerca de 630 alunos, mas também pode ser proposto em escolas estaduais e particulares. A avaliação de orientadores e supervisores até agora tem sido positiva.

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