Em 12 de agosto de 2020 foi lançado o projeto Arboriza Teutônia, iniciativa da Prefeitura, da Associação Pró-Desenvolvimento de Languiru (APDL), da Certel, da CIC e do Comitê de Governança. Buscando o pioneirismo, a proposta previa, em etapa inicial, o plantio de 147 mudas em oito trechos das vias urbanas do município até 21 de setembro – Dia da Árvore.
O programa, porém, foi frustrado já em seu lançamento quando, em vez de 40 mudas, somente poucas foram plantadas. As dez espécies previstas inicialmente foram escolhidas conforme as restrições e possibilidades de cada rua, e após o plantio, uma equipe ficaria responsável pela rega e manejo das plantas, sendo que, para isso, receberia capacitação específica.
O projeto ainda buscava integrar a comunidade por meio da tecnologia, fixando placas com códigos de barras em formato QR Code em algumas árvores. Apontando a câmera do celular, o usuário seria levado para o site do projeto, no qual haveria informações sobre o projeto, as ruas e pontos que receberiam o plantio entre outros dados. Hoje, nem as placas com QR Code nem o portal estão disponíveis.
E mais de dois anos após o lançamento do projeto, pouco mais de 100 mudas foram plantadas. Destas, algumas estão com 1,5 m de altura e outras já chegam próximas a 3 metros. Nenhuma, no entanto, tem copa suficiente para produzir sombra. A altura das árvores varia conforme o estágio de desenvolvimento e a espécie escolhida. O processo é lento e a paciência faz parte.
Por outro lado, espécies diferentes e plantadas 1 ano antes do projeto – por iniciativa de munícipes – já geram sombra e inclusive já foram podadas. Isto abre margem ao questionar se a escolha das espécies foi adequada para um resultado rápido – com o propósito de melhorar o quanto antes a qualidade de vida da população.
Enquanto isso, quanto mais Teutônia esperar para fazer um mutirão e plantar as árvores, mais tempo terá que conviver com os dias quentes, abafados, sem sombra e microclima.
Retomada
Conforme a secretária municipal de Agricultura e Meio Ambiente, Lídia Dhein, uma nova etapa do projeto está em planejamento, e o plantio deve ser iniciado em maio. A estimativa é que 150 mudas sejam plantadas e outras 50 replantadas em cinco ruas da cidade.
Receberão mudas neste ano as ruas Jucelino Kubistschek (Canabarro), Rudi Wallauer (Centro Administrativo), Guilherme Brust (Languiru), Cristiano Ahlert (Teutônia) e Avenida 1 Leste (Centro Administrativo). Atualmente, estão disponíveis as espécies Bordô Japonês, Chal-Chal, Escova de Garrafa, Ipê Amarelo, Ipê Branco, Jacarandá Mimoso, Pata de Vaca, Pau Ferro, Quaresmeira e Sibipiruna.
Do início do projeto até o momento foram contempladas as ruas Leopoldo Schneider e Otterno Schaffer (Canabarro), Erno Dahmer (Alesgut), Lothar de La Rue, Werno Strate (Boa Vista), Avenida 1 Leste (Languiru), Centro Administrativo e a Escola Alfredo Schneider (Teutônia).
Segundo a secretaria, nem todas as localidades poderão ser contempladas com o projeto, uma vez que o plantio depende de vários fatores, como largura da calçada, tubulação de água, fios de energia, entradas de carros e esquinas de ruas. “Cada solicitação precisa passar por uma análise da parte ambiental e da parte de localização”, acrescenta.
QR Code e site não estão funcionando / Crédito: Édson Schaeffer / Divulgação 
Plantio em 12 de agosto de 2020 defronto à prefeitura / Crédito: Édson Schaeffer / Divulgação 
Situação das mudas em 10 de fevereiro de 2023 / Crédito: Camille Lenz da Silva 
Plantio em 25 de agosto de 2020 defronte à APDL / Crédito: Édson Schaeffer / Divulgação 
Crédito: Camille Lenz da Silva
