Projeto “Um novo cantar” busca incentivar o canto coral entre crianças de Teutônia

Oficinas nas escolas devem iniciar ainda em novembro.

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Crédito: Luciana Brune

Buscando frear a redução do número de corais comunitários, o projeto “Um Novo Cantar”, idealizado pela Associação de Coros de Teutônia (Acote) passará a ser desenvolvido nas escolas do município. A proposta visa à formação de jovens cantores por meio de corais nos educandários, buscando incentivar o canto coral entre crianças de 7 a 11 anos. A proposta contempla sete oficinas em seis escolas – Cemef (duas), Alfredo Schneider, São Jacó, Bento Gonçalves, Dom Pedro I e na Teobaldo Closs. Cada oficina terá a duração de uma hora por semana e ocorerrá no contraturno escolar. Apesar de abertas à comunidade, será dada prioridade para alunos destas escolas.

O projeto, que tem número mínimo de 15 alunos, está em fase final de tramitação e deve iniciar ainda em novembro, se estendendo até dezembro e, em 2024, de março a outubro. Ao longo do ano deverão ser realizadas seis apresentações. “É um sonho que estamos lapidando para que gere bons frutos, mas precisa ser apoiado pelos pais e pela comunidade escolar”, disse Rosita Jussara Schneider, integrante da Acote e idealizadora da proposta. A associação gerenciará o projeto, que receberá subsídio da Prefeitura.

“Nós compreendemos, enquanto gestão municipal, que investir no ser humano é o melhor que podemos fazer, e após a mostra que tivemos de que o projeto Teutônia Cultural está dando bons frutos, chegou a vez de investir nessa nova proposta. A música tem o poder de contar histórias, então se está dando um passo muito importante, resgatando e jamais querendo perder esse título que foi tão difícil de conquistar, da Capital Nacional do Canto Coral”, relatou a vice-prefeita, Aline Röhrig Kohl.

Hoje, dos mais de 40 corais comunitários de Teutônia, cerca de 50% encerraram suas atividades. Muitos dos desligamentos ocorreram após a pandemia, que apressou o que Rosita chama de “desmantelamento” dos corais. “Desde 2017 ouço que os grupos estão morrendo, com o envelhecimento das pessoas e a falta de jovens para suprir esse espaço. O que nós temos que fazer para que eles passem a ter vontade de fazer parte desse espaço cultural que é o canto coral? Esse eu acho que foi o sonho inicial que fez surgir esse projeto”, disse.

Segundo ela, foram realizadas diversas reuniões entre a Acote, os espaços culturais e a Prefeitura desde 2018. “Um projeto desse não se cria do dia para a noite. Por isso também vem a nossa aposta numa professora jovem, que é a Criste Hoffmann”, contou.

Criste tem 21 anos, é natural do Espírito Santo e trabalha desde maio na paróquia Teutônia Sul como musicista. “Nessa idade ocorre o início da socialização das crianças, momento em que vão descobrindo suas habilidades. O canto coral é uma grande forma de trabalhar a expressão, o emocional, as habilidades motoras, o ritmo e a sensibilidade auditiva. Tudo isso a música consegue desenvolver”, explica Criste.

Apesar de ainda não ter sido oficialmente lançado, Rosita e Aline recomendam que os pais de alunos interessados conversem com as escolas-sede para saber mais sobre o projeto.

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