Paciente de Covid-19 de Teutônia recebeu alta neste domingo

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Hospital Ouro Branco, em Teutônia / Crédito: Júlia Caroline Geib

Após dez dias de internação, a paciente de Covid-19 em Teutônia recebeu alta do Hospital Ouro Branco e segue sua recuperação em isolamento domiciliar. A paciente, uma mulher de 49 anos, internou na casa de saúde no início da tarde de sexta-feira (10/04), com sintomas suspeitos, e teve a doença confirmada por meio de teste rápido, que foi confirmado pelo estado no mesmo dia. Contudo, ainda não é considerada recuperada.

Conforme o diretor Executivo do Hospital Ouro Branco de Teutônia e Presidente da Federação das Santas Casas e Hospitais Beneficientes, Religiosos e Filantrópicos do RS, André Lagemann, o caso terá acompanhamento pós hospitalar nas próximas semanas. “Precisa desse tempo ainda para considerar a paciente recuperada. O fato dela ter recebido alta do hospital já é um indicador positivo e sinal da melhora, pois ela teve evolução muito boa”, conta ele.

Estrutura do Hospital Ouro Branco

No momento, o Hospital Ouro Branco conta com 13 leitos de isolamento: dez para casos clínicos e três para casos mais graves de Covid-19. “Temos estrutura de dez leitos clínicos na unidade de internação, que são para pacientes não graves, sem necessidade de respiradores. Uma unidade contempla 8 leitos e outra, dois, ambos isolados do restante do hospital”, explica Lagemann.

Outros três leitos são preparados com ventilação, com suporte avançado. Lagemann explica que há uma sala amarela para monitoramento de pacientes que já receberam atendimento. “Nessa sala, qualificamos e estruturamos o espaço com equipamentos e respiradores, e lá vamos ter condições de receber até três pacientes que necessitem de respiração mecânica caso não houver leitos de UTI”

O diretor explica que a equipe, antes de realizar antedimento, faz uso de todos os equipamento de proteção individual (EPIs) necessários. “Quando sair, a equipe retira os EPIs para voltar a unidade de trabalho normal”, conta. Sobre os espaços, Lagemann relata que, neste momento, nenhum paciente está internado na unidade, pois a única que tinha recebeu alta.

Sobre a questão econômica do hospital, Lagemann explica que ele é um prestador de serviços e tem sua receita apoiada nos atendimentos que presta. “Nós também sofremos, temos uma diminuição de um terço de ocupação nos leitos, e diminuição muito significativa nos atendimentos de consultas e exames, serviços que o hospital presta”, relata ele. Ademais, o diretor detalha que as receitas, especialmente de pacientes privados e convênios, “que são importantes para o equilíbrio das contas do hospital, perdemos praticamente 80% nos últimos 30 dias”, finaliza.

Flexibilizar?

Para o diretor, é possível que, gradativamente, haja uma flexibilização no que se refere ao isolamento, mas é preciso acompanhar o dia a dia. “Desenhar um cenário nesse momento ou afirmar que em maio poderemos retomar as atividades normais é algo difícil, e o que menos é possível fazer neste momento é previsões”, enaltece.

Sobre a famosa curva, o diretor comenta que talvez o isolamento social tenha proporcionado que ela não se acentue, mas ainda não se tem resposta para isso. “O fato de acompanharmos quantas cidades tinham casos na segunda-feira passada e quantas tem casos hoje. É um indicador que pode mostrar o quanto o vírus está presente”, conta.

Em consulta aos dados publicados há uma semana, foi constatado que 87 municípios possuíam casos de Coronavírus, e hoje, estamos em 98. Na data, haviam 685 confirmações, e estamos hoje com 889. Haviam 17 mortes até estão, e hoje, totaliza-se 27.

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