O governador Eduardo Leite anunciou que, após nova avaliação, foi decido manter a bandeira vermelha para as regiões de Lajeado e Passo Fundo. Ou seja, não haverá abrandamento das medidas restritivas ao comércio. No início da semana, ele havia anunciado que o governo avaliaria uma possível mudança nessas regiões.
Conforme o governador, o governo se manteve aberto ao diálogo e por isso reavaliou a questão. Segundo ele, foram levados em conta os critérios técnicos. No caso, houve novos fatos, como a criação de leitos em Passo Fundo, e atualização do número de leitos em Lajeado. Por outro lado, neste mesmo período, houve um aumento proporcional de internações. Esse conjunto, impossibilitou a mudança de bandeira nas regiões e o abrandamento de medidas.
Assim, o comércio na região segue impedido de abrir. Porém, devido ao período anteceder o Dia das Mães, estão liberadas as vendas por meio de pague e leve e por tele-entrega.
O governador destacou que no sábado ocorre a reavaliação das bandeiras de todas as regiões. Na oportunidade, a classificação da região voltará a ser avaliada,de acordo com o andamento do cenário até lá.
Medidas valem para todos os municípios
O governador descartou também a possibilidade de medidas diferenciadas para municípios de uma mesma região mas que apresentem menos ou nenhum caso de coronavírus. Segundo ele, o governo trabalho com a divisão por regiões e isto será respeitado.
Isso porque, conforme Leite, há uma interdependência entre os municípios no que diz respeito ao serviço de saúde. Isso porque, mesmo os municípios que tem uma incidência menor de transmitissem, possuem referência de saúde em outros municípios. No Vale do Taquari, por exemplo, só há leitos de UTI nos hospitais Bruno Born, em Lajeado, e no Hospital Estrela, em Estrela. “O que mais vai ser determinante é justamente a disponibilidade de leitos, o índice de internação por Síndromes Respiratórias Graves, índice de internação por Covid-19. Estes dados são mais importantes do que os municípios individualmente”, explica.
O governador pondera que “se aqueles municípios, na verdade seus hospitais, que são referência na internação, estiverem caminhando para o comprometimento da capacidade de atender a todos, isso será suficiente para que a região precise ter mais restrições. Porque qualquer oscilação que venha a ter de maior incidência no número de casos naquela região, não vai ter retaguarda assegurada. Por isso que a bandeira se impõem para toda a região”.
