Estrela organiza campanha de conscientização e vacinação contra a Febre Amarela

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Incidência da doença cresceu ao longo dos últimos meses no RS e vacinação é a melhor forma de prevenção / Créditos da foto: Arquivo / Prefeitura de Estrela

Em meio à campanha contra a Covid-19, as autoridades de saúde não podem esquecer de outras enfermidades. É o caso da Febre Amarela, doença viral aguda, imunoprevenível, transmitida ao homem e a primatas não humanos (macacos), por meio da picada de mosquitos infectados. O número de contagiados cresceu muito no Brasil nos últimos anos, como também no Rio Grande do Sul, onde em abril chegou-se a declarar Estado de Emergência.

Neste sentido, setembro será dedicado à campanha de conscientização e vacinação. Em Estrela, ao longo do mês, a unidade móvel da Secretaria da Saúde irá percorrer comunidades do interior objetivando a vacinação deste público, maior alvo da doença. Pessoas de 9 meses a 60 anos de idade que não contam com o registro da vacina em sua carteira de vacinação poderão realizá-las. Quem tem mais de 60 deve realizar uma avaliação médica.

A Unidade Móvel da Saúde irá iniciar a sua trajetória pelo interior nesta sexta-feira (3/9). Pela manhã estará em Costão, e à tarde na Linha São José. Na segunda-feira (6/9) na Linha Lenz e na quarta-feira (8/9) na Linha Wolf. A unidade percorrerá ainda as comunidades de Novo Paraíso (13/9); Delfina (14/9); Arroio do Ouro (manhã 15/9) e São Jacó (tarde 15/9); Linha Wink (22/9) e Linha Geralda (23/9).

Pessoas que estão com outras vacinas em atraso, com exceção da Covid-19, também poderão buscar a unidade móvel para deixar sua carteira em dia. Vale lembrar que a vacina pode ser feita sempre na Unidade Básica de Saúde Central, no Bairro Oriental. Esta funciona diariamente das 13h às 19h. Quem fez ou fará a vacinação da Covid-19 deve respeitar um intervalo de 15 dias.

História

A Febre amarela é uma doença febril aguda, causada por um arbovírus (vírus transmitido por mosquitos). Os primeiros sintomas são febre, calafrios, cefaleia (dor de cabeça), lombalgia (dor nas costas), mialgias (dores musculares) generalizadas, prostração, náuseas e vômitos. Após esse período inicial, geralmente ocorre declínio da temperatura e diminuição dos sintomas, provocando uma sensação de melhora no paciente. Em poucas horas – no máximo, um ou dois dias – reaparece a febre, a diarreia e os vômitos. Cerca de 20% a 50% das pessoas que desenvolvem febre amarela grave podem morrer. Assim que surgem os primeiros sinais e sintomas é fundamental buscar ajuda médica imediata.

Os casos de Febre Amarela no Brasil são classificados como silvestres ou urbanos, sendo que o vírus transmitido é o mesmo. A diferença entre elas é o mosquito vetor envolvido na transmissão. Na urbana, o vírus é transmitido pelos mosquitos Aedes aegypti ao homem, mas esta não é registrada no Brasil desde 1942. Na silvestre, os mosquitos dos gêneros Haemagogus e Sabethes transmitem o vírus e os macacos são os principais hospedeiros; nessa situação, os casos humanos ocorrem quando uma pessoa não vacinada entra em uma área silvestre e é picada por mosquito contaminado.

A maior frequência da Febre Amarela ocorre entre os meses de dezembro e maio, período com maior índice de chuvas, quando aumenta a proliferação do vetor, o que coincide ainda com maior atividade agrícola. A vacina é a principal ferramenta de prevenção e controle. Desde abril de 2017, o Brasil adota o esquema vacinal de apenas uma dose durante toda a vida, sendo que a pessoa que recebeu uma dose da vacina antes de completar cinco anos está indicada à dose de reforço, independentemente da idade que tiver. Essa medida está de acordo com as recomendações da Organização Mundial de Saúde (OMS). 

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