Empresários estimam prejuízos com a falta de energia elétrica

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Incêndio na subestação de Costão afetou diferentes empresas da região // Crédito: Daniel Luis Sechi/Divulgação

A falta de energia elétrica nesta quarta-feira (17/11) afetou indústrias, estabelecimentos comerciais, prestadores de serviço e profissionais liberais. Houve paralisação total ou parcial de atividades. Somente quem tinha gerador disponível conseguiu manter parte da estrutura funcionando. Apresentamos as avaliações de algumas empresas, cada qual com suas dificuldades.

A indústria Weiand Calçados de Teutônia foi uma das tantas afetadas pela falta de energia elétrica nesta quarta-feira (17/11), causada por um incêndio na subestação de Costão – Estrela. O sócio Vanderlei Rogério Weiand prevê um prejuízo de 5% do faturamento do mês da fábrica, “sem somar o que pode atrasar na entrega do mês”.

Weiand não visualiza uma forma reaver o prejuízo. “Não tem meio de recuperar. A produção que não fatura hoje não busca mais”, disse. As horas-extras e dias adicionais podem representar menos atrasos nas entregas. Para isso, avaliam a possibilidade de trabalhar em sábados.

O presidente do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias Calçadistas de Teutônia (Siticalte), Roberto Müller, tinha a informação que a Beira Rio atuou com gerador próprio durante o período de interrupção normal. Acredita que algumas fábricas precisarão trabalhar em sábados para recuperar o tempo perdido. “Momento de produção e de fazer caixa para o décimo-terceiro e as férias. Senão complica”, aponta.

Alguns setores das unidades industriais da Cooperativa Languiru pararam o processo e outras áreas mantiveram a operação com geração autônoma. Numa avaliação inicial, “a parada foi minimizada pela rápida atuação da companhia fornecedora de energia, permitindo que a Cooperativa pudesse recuperar a produção em outros períodos”. A estimativa é que “nos próximos dias a produção será regularizada”. A Languiru possui Frigorífico de Suínos (Poço das Antas), Frigorífico de Aves (Westfália), Laticínios (Teutônia), Frigorífico de Bovinos (Teutônia) e os estabelecimentos comerciais.

O comércio também foi afetado. A Avenida Tintas foi uma das lojas que paralisou as atividades, “porque as máquinas [de formulações de cores] são ligadas diretamente no computador”, explica o empresário Marcelo Camargo. Ele não vê como calcular exatamente os prejuízos, mas estima uma queda das vendas pela metade no dia de hoje. “Alguma coisa o pessoal teve que esperar, pois não éramos somente nós com problemas”, disse.

Supermercados e minimercados igualmente sentiram os impactos. Alguns optaram em fechar as portas. Outros atenderam manualmente: somatório na calculadora e anotações para depois fazer o registro eletrônico no sistema.

Houve lojas e empresas de menor porte que permaneceram abertas, atenderam com restrição de público e ficaram na expectativa pelo retorno da energia.

O Grupo Popular de Comunicação também sofreu com a queda de energia. Durante a manhã, a redação integrada – rádio, jornal, site e revista – foi afetada com a paralisação completa das atividades. A emissora de rádio se manteve no ar por aproximadamente 3h, graças ao sistema próprio de geração. Das 13h às 15h30, a emissora não pôde retransmitir a programação por falta de energia na planta transmissora; o estúdio estava em operação.

Não faltou empenho da Certel para restabelecer a energia com a maior agilidade possível e total segurança.

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