Enquanto alguns aguardam por consulta médica nas Unidades Básicas de Saúde (UBSs), outros não comparecem. Esta tem sido uma realidade constante no primeiro mês deste ano, especialmente nos municípios de Paverama e Fazenda Vilanova, que registraram mais de 200 ausências cada.
Em Paverama, 213 pacientes faltaram às consultas agendadas, o que representa 21% do total de agendamentos. “Ressaltamos e buscamos conscientizar a população sobre a importância de sinalizar o cancelamento da consulta. Assim, outro usuário pode acessar o serviço com mais agilidade”, aponta a secretária de Saúde, Melissa Hartmann.
Já em Fazenda Vilanova, as ausências foram ainda maiores: 272 em janeiro, incluindo médico clínico geral e especialistas. Somente nestas faltas, o custo dos profissionais ao Município representou em torno de R$ 9.400.
Os impactos destas ausências podem ser percebidos nas agendas médicas, que acabam se estendendo. Além do mais, os profissionais permanecem disponíveis durante o horário das consultas em que os pacientes não comparecem, gerando custos de igual forma aos municípios.
Neste sentido, as administrações buscam alternativas para conscientizar a população da importância de desmarcar, com antecedência, a sua consulta. Isto contribui para a reorganização das agendas nas UBSs, agiliza o atendimento de outros pacientes e evita o gasto público.
E nos outros municípios do G8?
Boa Vista do Sul, Colinas, Imigrante, Poço das Antas, Teutônia e Westfália completam o G8. Eles também registram faltas, porém em menor quantidade.
Em Boa Vista do Sul, 68 pacientes não compareceram às consultas, o que representa 6,04% dos agendamentos. Conforme a Secretaria de Saúde, as faltas não impactam tanto, pois sempre há pacientes que procuram atendimento sem agendamento, em virtude de algum problema ou dor.
Já em Colinas, as faltas praticamente não existem. A secretaria explica: trabalha com agenda e com espera na agenda. Assim, no dia anterior à consulta, os pacientes são contatados para a confirmação. Em caso de desistência, a equipe contata pacientes que estão na espera.
O município de Imigrante conta com aproximadamente 110 horas de clínico geral por semana e em torno de cinco faltas nesta modalidade. Já nas especialidades, são em torno de duas faltas por semana para atendimento de ginecologista (15h/semana), duas faltas por semana para atendimento de pediatra (10h/semana), uma falta por semana para atendimento de psiquiatra (10h/semana) e uma falta por semana para atendimento de pneumologista (4h/semana).
Poço das Antas está em fase de implantação do sistema de agendamento das consultas para demandas programadas, aliado ao atendimento das livres demandas. Nas primeiras semanas deste ano, os munícipes tiveram um período de adaptação a este novo formato. Em virtude disso, não há parâmetro exato de faltas, mas a secretaria estima que de 40 a 50 pacientes faltaram aos seus agendamentos em janeiro, representando em torno de 5% das consultas. O prejuízo mais importante, conforme a pasta, incide sobre a própria população, uma vez que, diante da ausência do paciente à consulta, outro que aguarda na agenda poderia ter antecipado seu atendimento ou sanado a sua demanda.
Em Teutônia, 704 faltas foram registradas no mês de janeiro, sendo o maior índice no Centro Avançado de Saúde (CAS), com 325 ausências.
No município de Westfália, 92 pacientes não compareceram às consultas no primeiro mês de 2025, o que corresponde a 5,17% das 1.782 consultas realizadas na UBS.
